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Brasília

Parte do ensino fundamental volta às aulas presenciais hoje

GDF segue dando sequência ao retorno presencial escalonado

Redação Jornal de Brasília

09/08/2021 7h19

Fotos: Gabriel de Sousa / Jornal de Brasília

Willian Matos, Vítor Mendonça e Gabriel Bezerra
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Os alunos da rede pública de ensino seguem voltando às aulas presenciais aos poucos. Nesta segunda-feira (9), é a vez das crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e do 1º segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Na semana passada, já retornaram os alunos da educação infantil. Faltam agora os estudantes de 5º a 9º ano, o 2º segmento do EJA, o ensino médico, a educação profissional e as escolas de natureza especial.

Como mostrou o Jornal de Brasília na semana passada, o pontapé inicial para o retorno presencial foi cercado de sentimentos. A maioria das crianças está animada; já os pais ficam apreensivos com a pandemia e a variante Delta.

Na Escola Classe 03 de Planaltina, o longo tempo de preparativos para receber os jovens finalmente teve o seu fim. Cartazes e decorações foram expostos por dentro de toda a instituição, a fim de abrigar os educandos com conforto à sua nova rotina. Segundo Socorro Martins, diretora do centro de ensino, a espera foi marcada por uma ansiedade dividida tanto pelos pequenos quanto pelos funcionários. “ Foi um momento de expectativa muito grande, em que nós nos preparamos para isso, seguindo todos os protocolos da Secretaria de Educação”, afirma.

Fotos: Fotos: Gabriel de Sousa / Jornal de Brasília

Segundo Socorro, pais de alunos foram até o local para perguntar sobre a segurança e as possíveis vulnerabilidades do retorno presencial: “Fazemos um ‘tour’ pela escola para mostrar para os responsáveis que é seguro, e que nós podemos receber esse voto de confiança”.

A instituição, localizada no bairro do Setor Residencial Leste, está adotando o sistema híbrido de ensino, onde metade da turma vai até as salas de aulas, enquanto o restante fica em casa acessando os materiais apresentados pelos professores remotamente. A diretora informou também que aqueles que possuem comorbidades “estão recebendo todo o apoio necessário para que haja o bem-estar de todas as nossas crianças”.

Pelo prédio, torneiras para limpeza das mãos e dispositivos de álcool em gel estão espalhados para o uso constante das crianças, professores e servidores. Além disso, a aferição da temperatura é usada para proporcionar uma maior segurança de todos os presentes.

Fotos: Gabriel de Sousa / Jornal de Brasília

Experiências remotas

“Foi um período muito desafiador”, conta Socorro Martins, diretora da instituição de Planaltina, sobre o período de um ano e meio em planejar formas de aprendizado virtuais para crianças de 6 a 10 anos de idade. A docente relata que graças ao período incomum em que os pedagogos tiveram que trabalhar, novas habilidades pessoais dos funcionários da escola foram descobertas. “Descobrimos professores que viraram editores de vídeo, artistas e também professores que se descobriram dentro da tecnologia.

Socorro conta que recebeu vídeos de pais agradecendo aos pedagogos pelo suporte dado aos pequenos durante o período em que eles foram educados dentro das suas casas. “Recebemos vídeos onde crianças do primeiro ano estavam lendo e que foram alfabetizadas via Google Meet, e isso foi muito emocionante”. Segundo ela, apesar de ter sido mais “cansativo” e “trabalhoso”, os últimos tempos mostraram que é possível fazer com que o aluno avance de nível desde que eles recebam uma metodologia de qualidade.

Na pandemia, a vida de educador virou uma sequência de desafios e adaptações. Segundo a professora Alba Martins de Melo, do segundo período, a adaptação entre o ensino remoto e o presencial será mais difícil do que o contrário, ocorrido no início das restrições de segurança contra o coronavírus. A educanda, que mora em Planaltina e foi vacinada recentemente no Itapoã no rodízio estabelecido pela Secretaria de Saúde, diz que a convivência entre as crianças da escola deverá ter uma “segurança redobrada e muita atenção”.

Transportes escolares

O retorno às aulas representa um alívio para mais uma categoria: os motoristas de transporte escolar. Por quase um ano e meio, os trabalhadores tiveram de enfrentar a crise gerada pelo fechamento das escolas. Agora, a demanda deve ressurgir aos poucos.

Na empresa Norte Transporte Escolar, por exemplo, a motorista e proprietária Aracele Ramos – tia Ara para as crianças – fará os trajetos com 50% da capacidade dos veículos. Eles possuem duas vans e um ônibus para levar alunos do Paranoá para a Asa Norte.

Álcool em gel, máquinas de aferição de temperatura, tapete sanitizante, máscaras e higienização constante fazem, agora, parte da nova lista de prioridades da categoria, que não teve nenhuma orientação ou protocolo para o recebimento dos alunos nos veículos, e, por isso, precisou de se preparar por conta própria.

Confira o restante do calendário de retorno das escolas públicas:

Após a ida dos alunos da educação infantil na última quinta-feira (5) e dos primeiros anos do ensino fundamental e o primeiro segmento do EJA nesta segunda-feira (9), os próximos avanços do retorno presencial dos estudantes da escola pública serão expandidos a cada segunda-feira deste mês de agosto.

No dia 16, retornarão os últimos anos do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e o segundo e terceiro segmentos da educação de jovens e adultos. Os alunos do ensino médio, profissional e tecnológico vão para as salas de aulas no dia 23, e no dia 30, o retorno irá fechar com os Centro Interescolares de Línguas e demais atendimentos especiais voltando às suas atividades in loco.

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