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Brasília

Paciente é presa em UPA de São Sebastião por agressão e desacato

Uma mulher, de 31 anos, foi presa na UPA de São Sebastião na madrugada desta quinta-feira (06) por agressão e desacato a autoridade

Nathalia Maciel

07/04/2023 15h59

Foto: Reprodução

Uma mulher, de 31 anos, foi presa na UPA de São Sebastião na madrugada desta quinta-feira (06) por agressão e desacato a autoridade. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) a mulher estava causando tumulto e para conter a situação um dos policiais a empurrou fazendo com que a mulher caísse.

Em nota sobre o caso, a Ordem dos Advogados (OAB/DF) declara que a reação da PMDF é totalmente repudiado e que não é aceitável qualquer tipo de violência contra mulher. “Neste caso a situação se agrava porque foi uma violência praticada por agentes públicos que, em tese, são treinados para reprimi-la, e não para praticá-la”, diz a OAB.

A OAB completa afirmando que se espera que ocorra a investigação, que os agentes envolvidos respondam ao processo administrativo e também no âmbito criminal. e a vítima receba acolhimento e acompanhamento necessário.

PMDF

Em nota, a PMDF diz que o cabo da Polícia Militar foi acionado para comparecer à UPA de São Sebastião, pois uma pessoa estaria agredindo e xingando os funcionários. Chegando ao local, os agentes se depararam com uma mulher gritando e partindo para cima das funcionárias. Os policiais tentaram conversar com ela, mas ela passou a xingar a guarnição da PMDF, que deu voz de prisão à mulher.

Enquanto os policiais realizavam a abordagem, uma paciente passou a incitar a mulher e outros pacientes a impedir a ação policial, além de se recusar a ser identificada. Segundo o boletim, a outra mulher, de forma agressiva, desobedeceu às ordens policiais para não atrapalhar a condução da mulher que estava sendo imobilizada, sendo advertida que estaria incorrendo em crime. Insistindo em incitar os demais pacientes a impedir a ação, ela recebeu voz de prisão.

Uma das pessoas que estavam no local informou que seu filho estava com suspeita de pneumonia e que não conseguiu atendimento nas unidades de saúde da Cidade Ocidental, por isso foi até a UPA de São Sebastião. Disse que toda a confusão começou quando pediu aos funcionários que dessem atenção maior à situação da mulher, mas o pedido não foi atendido. A mulher nega que tenha impedido a ação dos policiais ou que tenha xingado qualquer um deles.

Defesa da mulher

Em áudio, o advogado de defesa da mulher, Walisson Pereira da Silva, assegurou que a paciente sofre de depressão e estava sob efeito de medicamentos. O defensor considerou o caso como grave. “Não podemos normalizar de que uma pessoa doente que está em busca de tratamento leve mata-leão e seja agredido. O que mais choca são policiais homens que aplicam mata-leão em uma mulher desarmada, que usam com toda a truculência e força. É um abuso e despreparo da PM. A família quer denunciar”, terminou. 

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