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Brasília

Outra escola é alvo de invasão e caso faz colégios reforçarem segurança

Arquivo Geral

13/02/2019 20h03

Creche e Pré-Escola Fundação Cabo Frio. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília.

Ana Karolline Rodrigues

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As escolas de educação infantil do DF estão em alerta. Após o caso do ex-policial que tentou invadir um colégio na Asa Norte no último dia 4, outro homem repetiu a situação em uma creche na 608 Norte, nessa terça-feira (12). Identificado pelas iniciais  W.J.N., ele foi flagrado pelo segurança da Creche e Pré-Escola Fundação Cabo Frio  na sala da secretaria, e logo foi imobilizado e conduzido para fora da instituição. A Polícia Militar foi acionada e o encaminhou à  2ª Delegacia de Polícia. Após as tentativas reincidentes, tanto as instituições envolvidas nos dois casos, quanto outras da região, reforçaram a segurança.

No caso dessa terça-feira, o homem alegou aos policiais que  estaria sendo perseguido por inimigos por conta de desentendimentos diversos e que, para se proteger, entrou na instituição infantil. De acordo com a PCDF, a creche e pré-escola possui mais de 500 crianças matriculadas, com idades que variam de um a seis anos. A corporação informa que o homem foi retirado, então, porque “poderia encontrar-se naquele local, apresentando outras intenções que poderiam colocar em risco as crianças atendidas na Fundação”.

 Versão oficial

Ainda ontem, a escola divulgou uma nota relatando o ocorrido: “Por volta das 9h, uma pessoa estranha tentou entrar na parte interna da creche, sendo impedida pelo portão de acesso que havia sido fechado por uma mãe responsável. O sujeito foi imediatamente abordado pelos agentes de portaria e pelos demais funcionários, os quais se prontificaram a contornar a situação”.

A Fundação salienta que busca aprimoramento constante da segurança interna e externa e está sempre atenta ao fluxo de entrada e da saída das crianças. “Lamentamos que estejamos sujeitos à violência urbana da nossa cidade, particularmente no âmbito de uma instituição de educação infantil. Reforçamos que, apesar do infortúnio, a segurança das nossas crianças é nossa maior preocupação e que todas as medidas pertinentes foram e continuarão sendo adotadas”, finalizou a nota.

A reportagem do Jornal de Brasília foi ao local para obter mais informações sobre a situação. Na creche, um segurança próximo ao portão de entrada afirmou que esteve o dia todo no trabalho, mas que não viu “nada disso”. E, apesar do alerta geral, a diretora informou que foi apenas “um pedinte” que tentou entrar ali.  A gestora preferiu não comentar o caso pela segurança das crianças.

Os pais, por sua vez, estão em alerta, mas relatam que, por enquanto, não houve grandes motivos para se assustar. “Sinto bastante segurança. Minha filha está fazendo adaptação ainda, mas meu filho já está há um ano aqui.  Eu tenho certeza de que foi algo pontual mesmo, confio na escola”, disse uma mãe.

Para outra responsável, o problema da violência é geral e poderia ter ocorrido em qualquer lugar. “Acho que é violência urbana, mesmo. Tem um segurança ali fora, a porta aqui agora fica fechada”, garantiu.

Creche e Pré-Escola Fundação Cabo Frio. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília.

Escolas em alerta

Além das duas instituições envolvidas nos casos, ontem a Escola Canarinho, localizada na entrequadra 208/408 Norte, divulgou uma nota de esclarecimento frisando a preocupação com a segurança dos alunos. A instituição expôs todas as medidas adotadas, com vigilância reforçada e, inclusive, a suspensão temporária dos passeios externos.

Veja, abaixo, a nota publicada pela instituição:

Outro caso

No dia 4 de fevereiro, Edílson Menezes da Cruz, 49 anos, tentou invadir a Escola Pedacinho do Céu, localizada na entre quadra 108/308 Norte, por volta das 14h. Na entrada da instituição infantil, o homem, que é ex-policial civil, informou que queria passar para a outra quadra, aproveitando o fato de a escola ter duas portarias, mas acabou barrado pelo porteiro. Edílson, porém, chegou a empurrar o funcionário, que revidou a agressão e o retirou do local. No dia seguinte, ele ainda repetiu a tentativa.

Segundo testemunhas, o homem já tentou abordar crianças em uma brinquedoteca, em novembro do ano passado. No dia 8, pais e funcionários da escola e da brinquedoteca foram à delegacia denunciar Edílson, que estava detido. Ele, porém, foi encaminhado no mesmo dia para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) para passar por uma avaliação psiquiátrica. Já no dia 11, enquanto era transferido para o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), ele pulou de uma ambulância em movimento e fugiu. Ele foi localizado no mesmo dia novamente rondando a Asa Norte, na altura da quadra 707.

O ex-policial possui uma extensa ficha criminal, com mais de 50 registros e, no momento está em regime semiaberto. Dentre as diversas passagens pela polícia, pelo menos quatro foram por estupro, além dos crimes de tráfico de drogas, corrupção passiva e violência doméstica.

Edílson Menezes da Cruz. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília.

 

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