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Brasília

Nome cotado para assumir a SSP-DF já foi indiciado pela Polícia Civil

O DF está sob intervenção federal até o dia 31 de janeiro após os ataques antidemocráticos ocorridos no último dia 8

Camila Bairros

20/01/2023 11h30

Foto: Reprodução/redes sociais

Cláudio Tusco, delegado da Polícia Federal indicado pelo PT para assumir a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), já foi indiciado pela Polícia Civil do DF pelo crime de violação de sigilo funcional.

Em 2018, a PCDF investigava um caso de agressão em um condomínio residencial que tinha como principal alvo um colega de infância de Tusco. Como consta no processo, o delegado acessou o sistema restrito da PF para obter os dados pessoais de agentes da PCDF e os repassou para o homem que estava sendo investigado.

Os dados foram descobertos com a apreensão do celular do alvo, e Tusco foi indiciado por vazar as informações sigilosas. Segundo informações do Metrópoles, a PCDF chegou a pedir a prisão preventiva do delegado da PF, o que não aconteceu sob entendimento de que o crime cometido pelo agente público teria que ser apurado pela Justiça Federal.

No último dia 8, um grupo de contrários ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e do STF e o Palácio do Planalto. Após o ataque, o governo federal decretou intervenção federal na segurança do DF até o dia 31 de janeiro, quando um novo secretário deveria ser indicado.

Em nota, a defesa do delegado nega que foi denunciado por sigilo funcional. Ainda assim, esclarece que houve uma investigação, mas que, por não haver nada contra Tusco, o caso foi arquivado.

Confira a nota completa:

“O delegado federal Cláudio Tusco esclarece que são inverídicas as informações que foi denunciado por sigilo funcional. Houve uma investigação e ficou demonstrado que nada havia contra o investigador, sem denúncia do Ministério Público, sendo arquivado o caso. Uma investigação de praxe no serviço público, principalmente na esfera policial.

Um indiciamento inicial feito por um delegado civil foi considerado ilegal pela juíza do caso.

Reitero meu compromisso com a verdade, a investigação e a segurança pública do DF.”

Doação para Bolsonaro

No dia 13 de setembro de 2022, Tusco realizou uma doação à campanha do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso aconteceu no mesmo dia em que o senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, publicou nas redes sociais uma campanha para que os apoiadores de Bolsonaro fizessem doações simbólicas de apoio para a campanha de reeleição à presidência de Bolsonaro.

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