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Brasília

Doação simbólica liga Cláudio Tusco a clã Bolsonaro

O delegado da Polícia Federal Cláudio Tusco tem uma aproximação com o Partido dos Trabalhadores (PT) e com a esquerda

Redação Jornal de Brasília

20/01/2023 10h11

Foto: Reprodução/redes sociais

O delegado da Polícia Federal Cláudio Tusco, cotado para assumir a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, realizou uma doação à campanha do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A doação ocorreu no mesmo dia em que o senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, publicou nas redes sociais uma campanha para que os apoiadores de Bolsonaro fizessem doações simbólicas de apoio para a campanha de reeleição à presidência de Bolsonaro.

O nome de Tusco surgiu para assumir a Segurança após o ex-secretário e ex-ministro da Justiça Anderson Torres ser exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a conduta de Torres durante os atos antidemocráticos que tomaram a capital foram problemáticas, o que levou Torres à prisão.

No último dia 8, um grupo de contrários ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e do STF e o Palácio do Planalto. Após o ataque, o governo federal decretou intervenção federal na segurança do DF até o dia 31 de janeiro, quando um novo secretário deveria ser indicado.

Tusco tem uma aproximação com o Partido dos Trabalhadores (PT) e com a esquerda. Após o fim da intervenção federal, ficou decidido com a governadora em exercício do DF Celina Leão (PP) que o governo federal ficaria responsável pela indicação do novo secretário.

O delegado realizou a doação via PIX no dia 13 de setembro de 2022. Nenhuma doação em nome de Cláudio Tusco foi encontrada nas contas de Lula.

Resquício de Bolsonaro

Anderson Torres (D) e Sandro Avelar (E) durante cerimônia. Foto: Redes Sociais

Quem também corre por fora na disputa pela cadeira de Secretário de Segurança do DF é o delegado Sandro Avelar. Para quem não sabe, Avelar possui ligações próximas com a cúpula do bolsonarismo e com familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em dezembro de 2021, Sandro Avelar foi nomeado diretor-executivo da Polícia Federal, ainda sob a gestão de Anderson Torres, chegando a atuar como “braço-direito” do então diretor-geral da corporação, Paulo Maiurino. Ele também é próximo a Torres, como ressaltou uma fonte ligada ao comando da Polícia Federal.

Avelar é delegado da Polícia Federal desde 1999, mas já ocupou diversos cargos de gestão na corporação policial e no Ministério da Justiça, como a função de diretor do Sistema Penitenciário Federal.

Em 2006 ele presidiu a ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal), ficando na função até abril de 2010 e esta no páreo após a capital da República sofrer uma intervenção federal decretada pelo presidente Lula e aprovada pelo Congresso Nacional decidir novos rumos para a Segurança Pública em Brasília.

Beneficiada pelo Fundo Constitucional, que disponibiliza R$ 15.7 bilhões de recursos da União para serem gastos com Segurança Pública, Saúde e Educação, o Distrito Federal viu as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário serem invadidos por bolsonaristas radicais no dia 8 de janeiro.

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