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Brasília

Mês da Mulher: GDF lança programação para março

Na ocasião, foi ressaltada a força-tarefa do GDF que tem atuado no combate e prevenção aos feminicídios na capital, com a criação de políticas públicas

Redação Jornal de Brasília

02/03/2023 19h12

Foto: Agência Brasília

Elisa Costa
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Em uma solenidade no Palácio do Buriti, na manhã de ontem, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou a programação do “Março Mais Mulher”, que promove cerca de 200 ações e atividades voltadas às mulheres durante todo o mês. “Parem de matar as nossas mulheres! A Lei Maria da Penha tem 20% de punição e o restante é prevenção. Mas a realidade ainda é muito dura e o que a gente precisa é de medidas”, apelou a governadora em exercício Celina Leão (PP). Na ocasião, foi ressaltada a força-tarefa do GDF que tem atuado no combate e prevenção aos feminicídios na capital, com a criação de políticas públicas, e um minuto de silêncio foi dedicado às vítimas. Só em 2023, oito mulheres foram mortas por seus companheiros.

“Chamamos a reflexão dos amigos que convivem com famílias que vivem violência, busquem ajuda. As mães que sabem que seu filho tem comportamento agressivo, procurem tratamento. A prevenção é isso, não se acomodar. A violência é tão sutil que nem o homem sabe que ele é machista”, explicou a chefe do Executivo local. “A coragem é uma grande característica das mulheres, que dão à luz sozinhas, que são chefes de família, que cuidam dos seus filhos. Precisamos refletir onde estamos falhando, quais são os segundos que estamos perdendo nossas mulheres. Porque tudo isso?”, questionou a líder do Buriti. Celina também lembrou que aqueles que presenciam a violência doméstica e não denunciam, podem ser responsabilizados por omissão.

A secretária da Mulher, Gisele Ferreira, também comentou sobre o assunto: “Estão querendo tirar nossos sorrisos, mas com esse time e o apoio da sociedade, vamos virar essa página. Fico feliz porque uma das medidas foi criar a força-tarefa com todos os órgãos, homens e mulheres, só assim não vamos amanhecer com essa notícia”. A líder da pasta ressaltou que as penalidades devem ser aumentadas, porque assim, a sociedade mostra ao agressor que ele não ficará impune. “A intenção do governo é fazer com que a população entenda que a violência doméstica é um problema de toda a sociedade. Estamos cansadas de ter a nossa pauta vinculada às páginas policiais’, pontuou Gisele.

Na última reunião do grupo da força-tarefa, o programa Maria da Penha Vai à Escola foi definido como prioridade. E para atender as mulheres, o Março Mais Mulher vai oferecer workshops, cursos presenciais e online, momentos de diversão e palestras, com temas como enfrentamento à violência, empoderamento feminino, desenvolvimento social, independência financeira e outros. Ainda em março, o GDF vai anunciar novas instalações da Casa da Mulher Brasileira, para que o apoio chegue a mais mulheres. Outra novidade é que a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) também vai lançar uma campanha para o combate à violência contra a mulher, entretanto, sem data divulgada.

“Não podemos esquecer a atenção especial para a saúde física e mental, por isso foi feita uma parceria com a Secretaria de Saúde”, contou Gisele. A programação do Março Mais Mulher abrange a proteção e combate à violência de gênero, a promoção da saúde e o incentivo à autonomia econômica da mulher, além da avaliação de casos e o encaminhamento de mulheres para serviços especializados, como acolhimento, triagem e apoio psicossocial. As ações acontecerão na Casa da Mulher Brasileira, na Rodoviária de Brasília, nas administrações regionais, parques públicos, museus e na unidade itinerante da Secretaria da Mulher.

Para a deputada distrital Jaqueline Silva, as mulheres podem ocupar todos os lugares que quiserem, contudo, ainda tem muito o que avançar nessa pauta. “Nós vamos, sim, ocupar posições de relevância. A melhor e a maior homenagem que podemos fazer às mulheres é honrá-las com oportunidades, e a oportunidade só existe quando você tem uma creche para colocar seu filho, só existe quando você tem uma condição igualitária para seu filho ir numa papelaria e comprar seu material escolar”. De 2015 o DF acumulou mais de 300 órfãos em decorrência do feminicídio e por esse motivo, a gestão pretende criar uma ação junto à Secretaria de Justiça. Para saber de todos os programas do Março Mais Mulher,

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