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Brasília

Jardim Botânico: bairro cresce e é visto como uma oportunidade de negócios

Pesquisa da Codeplan mostra que região dobrou de tamanho em três anos. Conheça iniciativas de quem resolveu investir no local

Redação Jornal de Brasília

28/06/2022 17h29

Que Brasília está crescendo fora do eixo do Plano Piloto não há dúvidas. Com o aumento da população em áreas do Distrito Federal, surge a demanda pelo desenvolvimento dessas regiões, com espaços e estabelecimentos que atendam às demandas básicas dos moradores, como um comércio bem estruturado. Um exemplo disso é o Jardim Botânico, que dobrou o número de moradores entre 2018 e 2021, segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

Os dados corroboram o aumento do comércio local, que viu nesse crescimento uma oportunidade. O que começou, em 2017, como uma pequena loja de conveniência, hoje se tornou um dos principais mercados da região do Jardim Botânico. A Despensa do Basílio acaba de abrir, oficialmente, as portas da sua segunda unidade com muitas novidades. No espaço pode-se encontrar muitos serviços que atendem diferentes públicos e gostos. Por lá, é possível se deliciar com um espetinho feito na parrilla, tomar um café da manhã caprichado com a família, comprar uma carne premium para o churrasco do fim de semana, fazer a “feira” da semana e muito mais. Tudo para tornar a experiência de compra ainda melhor, mais prática e cômoda para o consumidor do Jardim Botânico.

“Nossa primeira loja nasceu no Jardim Botânico há 6 anos. A localização foi por acaso. Por isso, aprendemos a tocar nosso negócio com e para os moradores da região, uma ótima experiência. A motivação para abrir a segunda loja surgiu justamente dessa proximidade com o público da região. O objetivo é levar o serviço que construímos para o resto do Jardim Botânico. Por isso, a segunda loja está em uma região mais central que a primeira”, afirma Lucas Porto, um dos sócios do empreendimento.

Foi ainda durante a pandemia, mais precisamente em 2021, que o atacadista Super Adega viu na região também uma oportunidade de expansão de suas unidades. “Queríamos atender as regiões em déficit como São Sebastião e Jardim Botânico que até então não tinham um atacarejo de referência na redondeza. Ali está se tornando o novo centro de crescimento de Brasília, é por onde a cidade vai se expandir”, explica o diretor geral da rede, Sandro Covre. Com 4500m², o atacarejo, localizado na descida para São Sebastião, em frente ao Mangueiral, oferece uma ampla variedade de produtos, desde itens de higiene pessoal, vinhos, hortifruti, frios, entre outros. A Super Adega, com o passar dos anos, vem se tornando um dos nomes mais famosos do setor e conta com o diferencial da adega subterrânea climatizada com uma média de quatro mil rótulos entre vinhos, champagnes e destilados. Além disso, a unidade ainda oferece um parquinho infantil.

Pdad

O aumento na quantidade de moradores, além da mudança na estrutura familiar e no trabalho, são alguns dos dados apresentados na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2021, lançada por etapas desde maio. No último dia 22 de junho foi o dia da divulgação dos dados da região Leste do Distrito Federal, que engloba as áreas do Itapoã, Jardim Botânico, Paranoá e São Sebastião. A pesquisa é realizada a cada dois anos pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), com o objetivo de investigar informações demográficas, sociais, de trabalho e de renda da população local.

Dentre as informações destacadas na PDAD de 2021, chama a atenção o crescimento populacional do Jardim Botânico. A região teve um aumento de 100% na última pesquisa para cá, indo de 26.449 pessoas em 2018, para 53.045 pessoas em 2021. Além disso, durante a pandemia, muitas dessas pessoas passaram a trabalhar de casa, em home office, e o dado apresentado no PDAD expõe que duplicou a quantidade de pessoas que trabalham no Jardim Botânico, indo de 10,1% em 2018, para 21% em 2021.

Nesta edição, a PDAD perguntou ainda quais eram as localidades predominantes de compra de alguns itens de consumo domiciliar. E para surpresa, a alimentação, higiene e limpeza, demonstrou que 65,6% dos entrevistados indicaram o Jardim Botânico como a principal localidade de compra e consumo. “Notamos que os moradores do Jardim Botânico dão preferência a consumir de pequenos produtores, sobretudo, incentivando o comércio local. Poderia ser essa uma das razões para o crescimento econômico da região”, detalha Lucas Porto.

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