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Brasília

Ibaneis justifica reajuste em tarifa de transporte

Segundo Ibaneis, há a necessidade do sistema, houve o aumento dos insumos e da mão de obra, e tudo isso refletiu na concessão dos reajustes

Redação Jornal de Brasília

05/12/2022 15h43

Amanda Karolyne
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Em encontro com representantes da Indústria do DF, o governador Ibaneis Rocha declarou que ninguém dá reajuste porque quer. O comentário foi feito, acerca do último reajuste que passou a valer neste domingo, de 26% nas tarifas do transporte interestadual semiurbano da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ride). Um possível reajuste na tarifa da capital também foi mencionado pelo governador.

De acordo com o chefe do Palácio do Buriti, há uma necessidade do sistema, houve o aumento dos insumos e da mão de obra, e tudo isso refletiu na concessão dos reajustes. “Coisa que nós estamos estudando aqui no Distrito Federal também, porque da mesma maneira que houve reajuste no entorno, teve aqui no Distrito Federal, reajuste de todos os insumos, aumento de todos os preços da das empresas. E nós sabemos que isso tudo tem que ser em parceria”. E segundo ele, no Distrito Federal existe a questão da tarifa técnica que sobra para o governo. “Então agora mesmo, eu não sei como é que eu vou fazer pra pagar todos os valores que nós devemos as empresas do Distrito Federal, exatamente por conta dessa tarifa técnica”,admite. O transporte público sempre é um problema em todos os locais, e para ele, não vai ser diferente no DF e entorno.

Segundo ele, o transporte no entorno sempre foi um problema para todos, e tradicionalmente as empresas de Goiás recebiam esse reajuste todos os anos. “Nós seguramos o máximo que podíamos, negociamos o quanto foi possível. Agora quanto a iniciativa do governador Caiado, o que a gente busca realmente é uma parceria para que o Brasil possa conseguir recursos para que a gente consiga manter esse sistema o mais barato possível para população”, destaca.

Ibaneis apontou que o reajuste foi o menor que poderia ser concedido durante esse período, com muito estudo da Secretaria de Mobilidade. Ele também comentou que o reajuste foi comunicado ao governo de Goiás e à Associação dos prefeitos do entorno. “Então está tudo dentro da legislação. Agora o que for possível fazer para beneficiar a população, eu tenho certeza que é a minha vontade, que é a vontade do governador Caiado também”, frisou.

O governador espera trabalhar em união com o governador do Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), para melhorar essa situação. Caiado declarou que pretende acionar o STF para pedir a suspensão do reajuste. Ele está disposto a se sentar com os interessados e discutir o que é possível manter. “Porque de outro lado também, as empresas sem o reajuste, iam paralisar todo o transporte que seria muito pior pra população”. O que ele acredita que deve ser feito agora é verificar as planilhas, verificar se o reajuste concedido está correndo, e se for o caso de suspender. “Isso pode ser feito a quatro mãos aí, todo mundo trabalhando nisso. Ninguém dá reajuste porque quer”.

O governador cita que já tem dois meses desde a última reunião com o governador Caiado, para a constituição de um consórcio entre os dois governos para lidar com o transporte no entorno. Mas enquanto ele não for constituído, as decisões precisam ser tomadas. “E eu sou favorável a conseguir o serviço público nosso, eu acho que é a melhor maneira que nós temos pra gerir o transporte de entorno e melhorar a qualidade de vida dessa população”, salientou.

Ele ressalta que o governo estava numa situação em que as empresas caminhavam para uma paralisação do transporte no entorno do Distrito Federal. O que motivou o reajuste, mas nada que não possa ser resolvido. Ibaneis destaca que era para ser concedido o reajuste, desde o ínicio do ano, mas com as planilhas conseguiram segurar. E houve também a questão da redução do ICMS do transporte, que ajudou no combustível, e a segurar esses preços. “Mas nós não conseguimos mais. Chegou um ponto em que as empresas colocaram de forma muito clara que estavam com um custo muito elevado, que não estavam dando conta mais de segurar o sistema”, finaliza.

Reunião com representantes da Indústria

O encontro com os representantes da indústria, aconteceu na Sede Fibra, Federação das Indústrias do Distrito Federal, para discutir as pautas da Indústria para a agenda de 2023 até 2026. Dentro dos temas de debate estavam, o comércio exterior, melhoria do meio ambiente de negócios, e ecossistema de inovação e transferência tecnológica. Propostas que estão no documento Pauta da indústria 2023-2026 – Diretrizes para o desenvolvimento industrial do DF, que Ibaneis recebeu em agosto – como candidato, do presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar. Na segunda-feira, 5 de dezembro, foram apresentadas ao chefe do Executivo as propostas de ação do mesmo documento.

O governador anunciou a criação de um grupo para tratar dos assuntos debatidos com a Fibra e aproveitou o encontro para destacar avanços obtidos nos últimos quatro anos, entre eles a criação do Desenvolve-DF, que substituiu o Pró-DF, e melhores condições econômicas para a instalação de empresas. “Foi um primeiro mandato de muito diálogo. Todos os projetos de lei foram discutidos na mesa; essa é uma política que eu acredito. Tivemos a oportunidade de avançar em muitas pautas nesses quatro anos e esperamos evoluir ainda mais em um ambiente sem pandemia”.

Com a presença do presidente Jamal, que acredita ser urgente que se estabeleça condições que favoreçam a expansão do setor privado e a diversificação da matriz econômica, para potencializar as vocações do DF e da Ride como um todo. Para ele, as condições são favoráveis para que as demandas sejam atendidas e o setor possa trabalhar em conjunto com o governo. “Temos quatro anos para que o senhor seja o patrono da industrialização do DF, o que nós acreditamos ser possível e o caminho para a capital”, declarou. Para ele, a capital tem renda, um nível educacional acima da média nacional, uma juventude criativa e um sistema de indústria que funciona.

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