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Brasília

HUB realiza terceira colheita no Horto Agroflorestal Biodinâmico da unidade

Nos intervalos entre uma produção e outra, ainda são realizadas atividades para promover a integração da comunidade

Redação Jornal de Brasília

28/06/2024 17h58

As mudas são trazidas pela comunidade e a manutenção do local fica a cargo da equipe de jardinagem | Fotos: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF

Pacientes, servidores, gestores e membros da comunidade participaram, na manhã desta sexta-feira (28), da terceira colheita do Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (HAMB) do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Implementado em março deste ano, o espaço produz cerca de 70 variedades, entre plantas medicinais, nativas, aromáticas e comestíveis, de forma comunitária, solidária, segura, saudável e sustentável. Durante a colheita, os participantes também desfrutaram de um café da manhã preparado com alimentos cultivados, como milho, cana, tomates e chás.

A iniciativa faz parte da Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB), fruto da parceria entre a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. O conceito envolve a recuperação de áreas ambientais degradadas por meio do cultivo de alimentos e plantas medicinais com base na agricultura biodinâmica e da antroposofia, relacionadas a uma visão de saúde ampla e integral.

“Aqui nós temos uma horta orgânica que produz alimentos e também fitoterápicos. Sempre que tem uma nova colheita, convidamos as pessoas para participarem e conhecerem o projeto”, explica a superintendente do HUB, Elza Noronha.

Nos intervalos entre uma produção e outra, ainda são realizadas atividades para promover a integração da comunidade. “Sempre na sexta-feira de manhã, as pessoas podem vir e fazer os tratos culturais. Nesses encontros, fazemos os movimentos de cuidado da horta. Embora tenhamos uma equipe específica para isso, abrimos a oportunidade para que todos coloquem a mão na terra, literalmente”, relata Noronha.

As sementes e mudas foram introduzidas pela parceria entre a Referência Técnica Distrital de Plantas Medicinais e Fitoterapia da SES-DF e o Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS) da Fiocruz Brasília, que promoveu a manutenção do local juntamente com a equipe de jardinagem coordenada pelo Setor de Hotelaria Hospitalar do HUB. “Para a implementação do horto, os profissionais passaram por uma capacitação organizada pela RHAMB. Durante o curso, eles aprenderam conceitos de Agroecologia, Sistemas Agroflorestais e Agricultura Biodinâmica”, explica o médico Marcos Trajano, gerente de Práticas Integrativas em Saúde da SES-DF.

“A formação teve uma parte teórica e outra prática. Nós limpamos o terreno, mexemos com a terra e adubamos. Quem trouxe as primeiras sementes foram os instrutores, mas hoje são os nossos próprios funcionários que renovam a produção”, relata a chefe do Setor de Hotelaria Hospitalar do HUB, Maria da Conceição Portela.

Benefícios

O cultivo faz sucesso no hospital. “Nós abraçamos esse projeto com muito amor e carinho, porque sabíamos que ele daria um retorno muito bom para nosso funcionário e para o paciente, em especial da unidade de saúde mental”, comenta Maria da Conceição.

Para a terapeuta ocupacional e servidora da enfermaria da unidade de saúde mental do HUB, Helenice Assis, o contato com a terra é um dos principais benefícios. “A maioria das pessoas tem uma ligação com a terra, tem um quintal em casa, costuma plantar. Poder vir aqui no período de internação e colher é uma oportunidade de conectar as pessoas com as origens”, destaca.

Sobre a RHAMB

A Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB) faz parte do escopo das Práticas Integrativas em Saúde (PIS) da SES-DF. Atualmente, no DF, existem 15 HAMB distribuídos nas sete Regiões de Saúde. Todos os HAMB receberam implantação de cultivos em regime biodinâmico, aproveitando recursos presentes no local, sem adubos sintéticos ou agrotóxicos. Além disso, os HAMB agregam o conceito dos Sistemas Agroflorestais Sucessionais, promovendo biodiversidade e sustentabilidade do processo ao longo do tempo e com participação comunitária, fortalecendo o vínculo com a comunidade.

*Com informações da SES-DF

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