Tereza Neuberger
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Durante uma discussão Silvestre Pereira de Araújo, de 44 anos, estrangulou a companheira Joana Santana Pereira dos Santos, neste domingo (20) no Arapoanga. Após o crime, o suspeito teria ligado para o irmão e confessado o crime, em seguida tentou tirar a própria vida.
O feminicídio ocorreu na quadra 9E, quando no meio de uma discussão sobre dívidas que o suspeito adquiriu com agiotas, o homem tirou a vida da mulher. O agiota teria cobrado o dinheiro devido no sábado (19), e caso não efetuasse o pagamento, Silvestre seria morto, o que o deixou completamente instável emocionalmente, de acordo com a polícia.
Por volta das 8h da manhã, após cometer o crime, o suspeito ligou para o irmão e revelou estar cheio de dívidas, ele também teria confessado que tirou a vida da própria esposa e em seguida pediu para que o irmão fosse buscar os filhos pois ele tentaria tirar a própria vida e não queria que os filhos presenciassem. Após a ligação o irmão entrou em contato com outro irmão do suspeito, e decidiram então acionar a polícia.
As equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram até o endereço e encontraram no local, três dormindo. Os militares entregaram os menores para uma tia e prosseguiram com as buscas na residência, logo encontraram a mulher e o companheiro desacordados em cima de uma cama dentro de um quarto trancado.
A vítima, Joana apresentava sinais de estrangulamento no pescoço, já o companheiro apresentava um corte no pescoço. A faca usada no crime estava sob um móvel próximo a cama. Ainda no local, a PM acionou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). O CBMDF constatou que a vítima já estava sem vida, que o suspeito ainda apresentava sinais vitais, e o encaminharam para o hospital.
Mãe de três meninos e uma menina, Joana estava ciente das dívidas contraídas pelo marido, e estava procurando um outro emprego para poder ajudá-lo a quitar a pendência com os agiotas. Ainda não se sabe o porquê, Silvestre tirou a vida da própria esposa.
O suspeito foi preso em flagrante e o caso foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), apesar disso, quem investiga o crime é a 31ª DP (Planaltina). A prisão será comunicada ao judiciário e em 10 dias o inquérito será aberto, o suspeito deverá responder por homicídio qualificado como feminicídio.