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Brasília

GDF lança projeto para fortalecer setores econômicos

O projeto tem como pilar estruturante mapear e identificar três setores produtivos locais: malharias, turismo náutico e produtos de cultivo

Redação Jornal de Brasília

10/03/2022 16h39

Foto: Agência Brasília

O Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (Ibres) está desenvolvendo o projeto Economias Transformadoras: Arranjos Produtivos do Distrito Federal. A proposta é uma parceria entre o instituto e o Governo do Distrito Federal (GDF).

Realizado com recursos viabilizados por intermédio de emenda parlamentar da deputada Jaqueline Silva, o projeto tem como pilar estruturante mapear e identificar três setores produtivos locais: malharias, turismo náutico e produtos de cultivo de valor agregado voltados ao mercado gourmet.

O projeto pretende fortalecer os segmentos apontados e potencializar a economia do DF, com a elevação do capital social, geração de emprego e renda e desenvolvimento de parcerias nos setores. Busca também contribuir com fornecimento de dados para o aperfeiçoamento de políticas públicas de apoio, aumento da integração e competitividade dos pequenos empresários, e incrementar a produtividade nas regiões administrativas, onde essas empresas se encontram.

O setor de malharias foi selecionado a partir da análise que apontou o comportamento do setor de vestuário do DF. Apesar de o setor registrar crescimento, a análise demonstrou, com base em estudos realizados pela Codeplan em 2019, que a produtividade industrial do DF está abaixo da média nacional.

Os elementos que validaram a escolha do setor de turismo náutico destacaram que Brasília tem a quarta maior frota náutica do país, como cerca de 55 mil embarcações registradas na Capitania Fluvial Brasília, e mais de 7 mil empregos diretos e outros 14 mil empregos indiretos, conforme dados do SindLazer.

Já o terceiro e último setor mapeado, refere-se aos produtos de cultivo de valor agregado voltados ao mercado gourmet, que se configura como um setor recente, ainda pouco estruturado, mas muito promissor, com grandes indicativos de valor econômico e potencial de expansão.

Os produtos de cultivo gourmet possuem alto valor agregado, isto é, a concepção dos consumidores quanto ao custo e qualidade desses produtos é diferenciada. Com isso, são capazes de atender a um público de maior poder aquisitivo e que apreciam novidades, inclusive chefes de cozinha, restaurantes, hotéis e bufês.

Nessa direção, será possível desenvolver uma visão orientada para gerar resultados para o conjunto de empreendimentos mapeados, que contribuam para a ampliação do fomento ao setor e para o desenvolvimento territorial sustentável.

O projeto Economias Transformadoras prevê uma série de ações que serão desenvolvidas ao longo deste ano. Entre as realizações, destaca-se o Programa de Capacitação – DF Produtivo, a ser ofertado aos trabalhadores dos setores selecionados, considerando que uma das principais demandas do setor produtivo está na necessidade de investir em formação.

Outra ação resultante do mapeamento será um catálogo com dados dos setores de turismo náutico, malharias e produtos de cultivo de valor agregado. A publicação apresentará um conjunto de informações dos empreendimentos pesquisados.

Haverá, ainda, a implantação de uma plataforma digital e de um aplicativo, iniciativas que vão evidenciar o vasto conjunto de empreendimentos identificados e possibilitará uma maior aproximação e integração entre produtor e consumidor; e ainda, o desenvolvimento de soluções que beneficiem a produtividade dos setores participantes.

A iniciativa recebe apoio de dois grupos de pesquisa da Universidade de Brasília (UnB): o Grupo de Estudos em Pecuária (GPec), composto por professores e estudantes de graduação e mestrado da área de ciências agrárias da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, e o Grupo de Estudos em Horticultura (Gehorti).

A primeira etapa de mapeamento teve início na última segunda-feira (7), com a realização da oficina de capacitação Metodologia de Campo, voltada para os colaboradores que irão atuar na pesquisa e busca de informações sobre as empresas que atuam nos setores de turismo náutico, malharias e produtos de cultivo com valor agregados.

Durante o encontro, os participantes puderam compreender sobre arranjos produtivos locais, sobre regiões administrativas do DF, e ainda, identificar e levantar informações para apoiar as ações de Governança Setorial e dos Diálogos Estratégicos, próximas etapas do Economias Transformadoras.

Logo após a oficina, foi definido que o primeiro setor a ser mapeado será o de malharias, com diversas empresas em todo o DF. Já na próxima semana será o início da atuação dos pesquisadores, que realizarão visitas no comércio e o levantamento de dados do setor.

As informações são da Agência Brasília

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