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Brasília

Em Planaltina, grandes filas marcam as primeiras horas do “Dia D”

Na primeira hora de funcionamento, o ponto de vacinação da Policlínica teve uma grande concentração de populares

Redação Jornal de Brasília

20/11/2021 12h39

Foto: Gabriel Sousa

Gabriel de Sousa
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O “Dia D da Vacinação”, uma estratégia do Governo do Distrito Federal (GDF) para a vacinação de 200 mil pessoas em 28 pontos espalhados pela capital federal, se iniciou às 9 horas da manhã e terminará às 17 horas deste sábado (20). Um destes locais de imunização improvisados, é a Policlínica de Planaltina, localizada no centro da região administrativa centenária. Logo nos primeiros minutos da abertura do atendimento, uma longa fila com cerca de 70 pessoas, se organizou para receber as dosagens.

De acordo com dados do “Vacinômetro” da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, cerca de 305 mil brasilienses com a idade acima de 12 anos – faixa etária que é o público-alvo da imunização segundo o Ministério da Saúde – ainda não receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Enquanto isso, 300 mil pessoas podem já receber a segunda dose mas ainda não receberam a aplicação.

No início da manhã, um veículo prata circulou pelas ruas do bairro da Vila Buritis, próximo à Policlínica da cidade, para realizar o chamamento dos populares para se locomoverem até o posto. A ação é uma orientação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) para atrair o maior número possível de populares que estão dentro do público-alvo do “Dia D da Vacinação”.

Moradores aproveitam o fim de semana para se vacinar

Uma das primeiras frequentadoras do “Dia D da Vacinação” no posto de vacinação improvisado da Policlínica de Planaltina, foi a diarista Maria de Lourdes, de 46 anos. Moradora da cidade, ela recebeu a segunda dose após dois meses de atraso.

De acordo com ela, o excesso de atividades fez com que ela não conseguisse tirar um tempo para se vacinar. “Tinha muita coisa para fazer lá em casa, e o posto de saúde sempre ficava muito longe de onde eu moro”, relata.

A Policlínica de Planaltina fica perto da residência onde trabalha, e a diarista aproveitou para ir receber a segunda dose da Pfizer-BionTech: “Agora, eu me sinto mais protegida e sei que a aflição por essa doença vai acabar”.

Outra planaltinense que aproveitou bem cedo o “Dia D da Vacinação” foi a empresária Cássia Sousa, de 42 anos, que levou o filho Vitor, de 15, para receber a primeira dose da vacina contra o coronavírus.

Vitor era um dos 56 mil adolescentes brasilienses que ainda não haviam recebido a primeira dose. De acordo com Cássia, o motivo para o adiamento foi motivado por “não se tratar de algo importante”. “A gente não correu para vacinar ele porque os adolescentes não possuem consequências tão graves quanto os adultos”, explica a empresária.

Os infectologistas, porém, afirmam que por serem um público que se movimenta em grande proporção nas ruas e nas escolas, a imunização dos adolescentes é necessária para o fim do contágio entre a população pelo coronavírus.

De acordo com o Vacinômetro da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SEE/DF), até o dia 9 de novembro, 80,90% dos adolescentes de 12 a 17 anos já haviam recebido a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Apenas 7,11% do público recebeu a segunda aplicação.

Receios do passaporte da vacina

Na Policlínica de Planaltina, Fernando Pereira foi outro pai que levou o seu filho adolescente para receber a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Fernando, que é agente penitenciário, disse não saber que neste sábado (20), era o “Dia D da Vacinação”.

Pai de um adolescente de 14 anos, Fernando afirma que não acha o imunizante contra o coronavírus necessário, e que apenas levou o seu filho para se vacinar com receio do “passaporte da vacina”, já que irá viajar para São Paulo em breve: “Eu vou viajar mas tenho medo de ser barrado no avião”.

De acordo a opinião do agente penitenciário, as vacinas contra o coronavírus não possuem um grande período de estudo e testes como no passado, o que gera a sua desconfiança. Fernando diz que não se vacinou e que não pretende receber a imunização à doença. Ele teme ser barrado pelas medidas que obrigam a comprovação da vacinação por ser uma “minoria” que não aderiu à política pública.

Porém, os especialistas em saúde e os profissionais em infectologista comprovam que as vacinas contra o coronavírus são eficazes e seguras para a população. De acordo com os laboratórios da Pfizer-BionTech — vacina recebida pelos adolescentes, como no caso do Fernando Pereira — demonstrou uma eficácia de 100% no público de 12 a 15 anos.

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