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Brasília

“Ela tinha muita certeza de que seria liberada”, diz delegado sobre jovem assassinada

Sérgio teria a mantido com ele durante toda a noite, prometendo que, se ela fizesse o que ele pedisse, ele a soltaria

Redação Jornal de Brasília

27/04/2023 15h33

Foto: Reprodução

Amanda Karolyne e Geovanna Bispo
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Após o corpo de Regiane da Silva, de 21 anos, ser encontrado, os delegados Marcelo Gaia e Thiago Oliveira, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), realizaram uma coletiva de impressa para esclarecer os fatos iniciais sobre o caso.

Segundo os delegados, o acusado, Sérgio Alves, de 41 anos, não conhecia Regiane e a sequestrou por oportunidade após a vítima sair da escola no último dia 17, no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Planaltina.

“A abordagem ocorreu assim que ela saiu da escola. Ela não teve a última aula e saiu mais cedo. De acordo com a informação que ele nos passou, ele decidiu matá-la entre oito e nove horas do dia seguinte”, explicou Gaia.

Durante depoimento, Alves contou que levou Regiane até a mata e abusou sexualmente dela. Sérgio teria a mantido com ele durante toda a noite, prometendo que, se ela fizesse o que ele pedisse, ele a soltaria. “Ela tinha muita certeza que ia ser liberada. Ele falava que se ela acompanhasse ele, ele a soltaria”, conta Oliveira.

Sérgio ficou dez dias foragido, tendo sido encontrado nessa quarta-feira (26) por guardas-civis da região. Ao ser detido, ele tentou suicídio com um golpe de faca no pescoço, mas foi socorrido e levado ao Hospital Regional de Planaltina (HRP).

Os delegados ressaltaram que Sérgio é um grande conhecedor da área e enterrou o corpo de Regiane em um local de mata fechada, onde apenas foi possível encontrá-lo após o acusado indicar o local. Regiane foi encontrada às margens do Rio São Bartolomeu. “Até os bombeiros tiveram dificuldade para remover o corpo”, relata Gaia.

Junto a Regiane, foi encontrada a mochila que ela usava. Nos últimos dias, as autoridades encontraram uma pulseira, um tufo de cabelo, uma calcinha e uma balinha nas proximidades.

Ainda de acordo com os delegados, Sérgio contou que, após o crime, ele teria jogado a faca que usou no crime no rio. “Após matá-la, ele estava sujo de sangue, então ele queima a própria bermuda e veste a calça da vítima. Quando ele chega ao lugar que ele queria, ele abandona a calça”, esclarece.

Ainda que sem confiar completamente nos relatos de Sérgio, os policiais entendem que muita coisa do que ele disse durante depoimento se encaixa com as primeiras pistas.

“Uma realidade triste. Infelizmente a gente se depara com mais uma situação de uma mulher morta. Mas não tinha nenhum vínculo doméstico entre o autor e a vítima, então a gente não acredita que se enquadra na questão do feminicídio e da violência doméstica”, conclui Oliveira.

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