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Brasília

Dupla é condenada por fraude em planos de saúde

Os réus e outras oito pessoas, entre empresários e corretores, são acusados em outros nove processos por fraudes em planos de saúde

Redação Jornal de Brasília

08/08/2023 17h43

Foto: Agência Brasil/Divulgação

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) manteve, em segunda instância, a condenação de duas pessoas pelos crimes de estelionato majorado e falsificação de documentos para a venda de planos de saúde coletivos.

Segundo o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), os réus e outras oito pessoas, entre empresários e corretores, são acusados em outros nove processos por fraudes em planos de saúde, que teriam atingido mais de cem vítimas apenas no Distrito Federal.

De acordo com as investigações, desde 2016, eles vendiam planos de saúde para pessoas vulneráveis, especialmente desempregados e idosos, e realizavam o cadastro junto a grandes operadoras de saúde utilizando dados falsos, como profissão, idade e condição de saúde. Em alguns casos, as operadoras já percebiam as fraudes em seus procedimentos de auditoria e cancelavam os contratos. Na maioria das vezes os consumidores eram surpreendidos quando buscavam atendimento médico hospitalar emergencial e não conseguiam realizar os procedimentos e, em alguns casos, até morriam.

Os dois figuravam como sócios da empresa Planos Corretora de Seguros Ltda junto com outras cinco pessoas. Eles criaram uma complexa rede de corretores parceiros em todo o país. Por meio de um esquema de fraude contra operadoras de planos de saúde, cooptavam clientes, geralmente pessoas não elegíveis para planos de saúde coletivos por adesão. As mensalidades direcionadas às corretoras chegavam a ser até três vezes maiores do que aqueles normalmente cobrados pelas operadoras de saúde para o mesmo tipo de plano.

De acordo com o promotor de justiça Paulo Binicheski, as investigações apontaram para um complexo esquema de fraude em planos de saúde por meio de diversas empresas laranjas e corretoras de planos de saúde, sediadas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e no Paraná. “As empresas eram utilizadas unicamente para criação de vínculo de emprego falsos, que eram usados para inserir de pessoas sem inelegibilidade em planos de saúde empresariais. As investigações do Ministério Público já apontaram para mais de 1000 vítimas, em todo Brasil”.

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