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Brasília

DF registra menor número de homicídios em 24 anos

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro e setembro deste ano, houve uma redução de 9,9% desse tipo de casos

Redação Jornal de Brasília

05/10/2023 15h43

Foto: Agência Brasília

Entre janeiro e setembro deste ano, o número de crimes violentos letais intencionais (CVLIs), que englobam homicídios, feminicídios, lesões corporais seguidas de mortes e latrocínios, foi o menor registrado nos últimos 24 anos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro e setembro deste ano, houve uma redução de 9,9% desse tipo de casos. Foram 201 CVLIs neste ano e 223 no ano passado.

“A atuação da segurança pública tem se pautado pela integralidade das nossas ações, que significa envolver, além das forças de segurança e órgãos de governo, outros segmentos da sociedade civil nos assuntos de segurança. Temos o desafio de continuar superando os resultados já alcançados na redução de homicídios e crimes contra o patrimônio, por exemplo, conquistas que têm colocado o DF em posição de destaque no cenário nacional”, avalia o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.

Ainda de acordo com a pasta, o número de homicídios registrados reduziu em 34,7%, se comparado com o mesmo período de 2022. Em 2023, foram 15 registros contra 23 no ano passado.

“Estamos constantemente revisando nossos processos de gestão para torná-los mais eficientes e temos, ainda, ampliado nossos canais de diálogo com a sociedade visando não só a redução da criminalidade, mas também o aumento da sensação de segurança e a qualidade de vida da população. O apoio integral e o direcionamento do governador Ibaneis Rocha são fundamentais. Ele acredita no trabalho conjunto das forças de segurança, que se dedicam diariamente à implementação de nossas políticas de redução criminal”, acrescenta Avelar.

Feminicídio

Ainda assim, o número de feminicídios na capital é preocupante. Desde janeiro, foram registrados 25 casos de homicídio de mulheres mortas apenas por serem mulheres, contra 17 em 2022. Esse número representa um aumento de 45% nos casos.

Segundo a secretaria, oito a cada 10 dessas mulheres eram mães e praticamente 7 em cada 10 foram mortas dentro da própria casa. Em 84% dos casos, essas mulheres já haviam sofrido violência doméstica antes de serem assassinadas.

Em setembro, foram registrados dois casos, mesmo número de 2022. O secretário-executivo da SSP-DF, Alexandre Patury, enfatiza a importância das estratégias de prevenção dos crimes de gênero e do encorajamento de denúncias. “Adotamos ações de enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher e, principalmente, contra a mais grave delas, que é o feminicídio. Sendo assim, convidamos todos a participar da campanha #NãoAoCovarde, em que o principal mote é a não tolerância à covardia. Grave seu vídeo e poste nas redes sociais com essa hashtag. A segurança pública é dever do Estado, mas responsabilidade de cada um de nós como cidadãos”, afirma.

Roubos e furtos

No que diz respeito aos crimes contra o patrimônio, os seis crimes monitorados pela secretaria – roubos a transeunte, em transporte coletivo, de veículo, em comércio, em residência e o furto em veículo – apresentaram redução significativa de 20,5% no acumulado dos nove primeiros meses. “Os crimes contra o patrimônio merecem atenção especial, pois têm impacto relevante na sensação de segurança da população”, comenta Avelar.

De janeiro a setembro, o roubo em transporte coletivo teve a maior redução (31,3%), passando de 547, ano passado, para 376 este ano, o que corresponde a 171 ocorrências a menos. Este é o segundo mês consecutivo que a redução se mantém. Além de atuações rotineiras de investigação e policiamento, a SSP-DF realiza uma série de ações específicas envolvendo forças de segurança, a Secretaria de Mobilidade (Semob), representantes de empresas de ônibus, entre outros órgãos.

Na sequência, também no acumulado do ano, os roubos a transeunte tiveram redução de 22,5%. Os furtos em veículos (quando objetos são subtraídos sem que a vítima perceba), roubo de veículos e em comércio tiveram redução de, respectivamente, 17%, 15,6% e 15,3%. O roubo à residência teve queda de 13,8%.

A Secretaria de Segurança Pública destaca a importância do registro de ocorrências pela população para apoiar a elaboração de estudos criminais, que monitoram e indicam locais e horários de maior incidência de cada tipo de crime. Essas informações são fundamentais para o planejamento de estratégias de policiamento pela Polícia Militar do DF e para a identificação de grupos especializados pela Polícia Civil do DF.

Videomonitoramento

Entre as medidas adotadas para redução da criminalidade está o uso da tecnologia, por meio das câmeras de videomonitoramento. Os equipamentos são essenciais para acompanhar situações e direcionar policiamento de forma mais ágil e inteligente. No último mês foi publicado o contrato para complemento da contratação de serviços, como fornecimento de materiais, compondo o investimento realizado para a continuidade da implantação de novos pontos de captura e manutenção das 980 câmeras já instaladas.

A previsão é de que cerca de 500 novas câmeras contemplem regiões que ainda não contam com a tecnologia e, também, fortalecimento daquelas que já contam com o serviço. A fase de ampliação teve início neste ano e conclusão esperada para 2025.

As imagens são transmitidas em tempo real para o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) e, a partir disso, distribuídas ou disponibilizadas às dez centrais de Monitoramento Remoto (CMRs), instaladas em unidades da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

As informações são da Agência Brasília

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