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Brasília

Criminosos lucravam cerca de R$5 mil com golpes do “falso perfil” no WhatsApp

Os criminosos adquiriam os dados através do mercado negro segundo a PCDF. Em seguida, se passavam por alguém próximo e solicitavam dinheiro.

Redação Jornal de Brasília

25/08/2022 19h46

Foto: Reprodução

Por Tereza Neuberger
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em conjunto com a Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT), deflagrou nesta quinta-feira (25) a Operação Falso Perfil. A operação cumpriu quatro mandados judiciais contra suspeitos de envolvimento com uma associação criminosa que aplicava golpes de estelionato através do WhatsApp.

O grupo aplicava o golpe do “falso perfil”, em que os integrantes identificam dados de vítimas e entram em contato com parentes ou pessoas relacionadas a elas solicitando quantias de dinheiro. De acordo com o delegado da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, Dário Freitas, os dados vazados foram adquiridos pelos criminosos no mercado negro.

Ainda de acordo com as investigações, os criminosos lucravam cerca de R$5 mil com os golpes. “Na presente investigação, a pessoa se identificou como filho da vítima, informando que o seu celular estava danificado e havia sido deixado na assistência técnica, bem como por conta deste fato estaria usando o número novo nos próximos 3 ou 4 dias” conta Dário Freitas. Em seguida o golpista solicitou que fossem feitos pagamentos e que esse valor seria devolvido em breve, porém a devolução do montante não ocorreu.

Conforme informações da PCDF o grupo dividia as funções de seus membros basicamente em dois núcleos. O primeiro seria o núcleo operacional, responsável por obter dados das vítimas e habilitar chips de celular utilizados na fraude e enviar as mensagens falsas. Já o outro núcleo, o financeiro, seria o responsável pelo fornecimento de contas bancárias e chaves PIX repassadas às vítimas para o recebimento dos valores solicitados. O segundo núcleo também realizava os saques e transferências das quantias rapidamente para evitar a recuperação do prejuízo por quem fosse enganado.

Cartões de diversas instituições bancárias foram encontrados com os criminosos. Foto: Material cedido ao Jornal de Brasília

Durante os trabalhos de busca e apreensão os policiais encontraram dinheiro em espécie, cartões de diversas instituições bancárias, vários aparelhos celulares e porções de drogas como maconha e cocaína.

As investigações foram iniciadas no final de 2021, e foi apurado que se trata de uma associação criminosa fundada na capital do Mato Grosso e que possivelmente aplica esses golpes em vítimas de diversos estados do país. A polícia acredita que existem mais pessoas envolvidas na organização e deve prosseguir com as investigações para identificá-las.

Dinheiro em espécie, vários aparelhos celulares e porções de drogas como maconha e cocaína também foram encontrados durantes as buscas.

“Pelo então apurado, as condutas indicam a prática do crime de estelionato na modalidade eletrônica, com pena de quatro a oito anos de reclusão, de associação criminosa, com pena de um a três anos de reclusão”, destaca o delegado. Há ainda a possibilidade do crime de lavagem de capitais, com pena de reclusão de três a dez anos e multa.

Fique atento

O golpe do perfil falso do WhatsApp, em que criminosos se passam por pessoas conhecidas das vítimas em potencial para tentar enganá-las, é uma das fraudes que mais vem ganhando força em aplicativos mensageiros em geral.

Para que usuários se protejam desse golpe, é recomendado que duvidem sempre de pedidos de empréstimos realizados pelo app, e entrem sempre em contato com a suposta pessoa que fez a solicitação para confirmarem a veracidade da situação.

Além disso, recomenda-se que:

  • Nunca compartilhe o código de registro de 6 dígitos recebido por SMS.
  • Ative a confirmação em duas etapas.
  • Proteja suas informações, sobretudo, permitindo apenas que seus contatos vejam sua foto de perfil

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