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Brasília

Clima de apatia domina a CLDF pós-eleições

Expectativa é que o marasmo permaneça o resto da semana haja vista que não há previsão de apreciação de projetos nos próximos dias

Mayra Dias

04/10/2022 15h23

Foto: Carlos Gandra/CLDF

Apática. Assim se encontrava a Câmara Legislativa do DF neste pós-eleições, e a previsão é que permaneça assim durante toda a semana. A sessão desta terça-feira, de acordo com informações das assessorias, será dedicada aos agradecimentos dos deputados que conseguiram se reeleger, enquanto boa parte daqueles que perderam não devem comparecer à CLDF, ou seja, nenhum projeto deve ser apreciado nos próximos dias. Os bastidores serão pesados com articulação para futura legislatura, composição de mesa e acordos com o governo.

Para esses três meses finais, como explica o deputado Jorge Vianna, do PSD, as prioridades serão fechar as contas do GDF para que o governo no ano que vem possa cumprir as suas metas baseadas na LDO, e, agora no final do ano, a LOA. “Nesses 3 meses a gente vai continuar cobrando melhorias para a área de saúde. Minha área, é a área que está mais deficiente. Então vou continuar propondo algumas coisas para melhorar”, comenta o distrital reeleito.

Neste novo mandato, Jorge pretende continuar defendendo a sua bandeira principal, que é o SUS e os trabalhadores da área de saúde, “que precisam do apoio da gente e trazer tecnologia para a área”, defende. “Espero que o governo nos ouça, até mesmo pela nossa experiência e representatividade, a prova está aí que os trabalhadores confiam no meu trabalho”, acrescentou o parlamentar. Para ele, a direita tem demonstrado uma força ‘enorme’ na capital, bem consolidada. “A maioria dos candidatos que estavam apoiando, declaradamente, o Bolsonaro tiveram êxitos e, lógico, também apresentaram trabalhos”, avalia.

Também reeleito, com mais de 42 mil votos, Chico Vigilante, do PT, disse que a votação é uma demonstração clara do “trabalho correto” que fez nos últimos quatro anos. Ao seu ver, a esquerda está saindo fortalecida dessas eleições. “Eu mais que dobrei a minha votação”, diz. “Com a reeleição de Ibaneis Rocha (MDB), ele vai ter que dialogar bastante com a gente. O Distrito Federal não é uma terra extrema direita, mas de gente civilizada. O PT e os companheiros do Psol vamos estar acompanhando de perto e fiscalizando os atos do governo federal”, finalizou. Os três deputados distritais mais votados pelos brasilienses são de partidos de esquerda. Dois candidatos do Psol e um do PT.

Feliz com a reeleição também está Daniel Donizet, do PL. “Meu sentimento é de felicidade e muita gratidão. Sou grato a cada um que votou, pediu voto, a todos que apoiam e torcem pelo nosso trabalho”, agradeceu. “O DF nos concedeu uma vitória muito significativa”, enfatizou o distrital. O parlamentar salienta ainda que, na política, há espaço para todos. “Somos eleitos para representar o povo, para atender suas necessidades, cada um em seu segmento. Isso é democracia. Minha causa é animal e a causa animal não tem direita e nem esquerda. Fui eleito com essa bandeira e vou honrar cada um dos meus votos”, pontua.

Nessa reta final do mandato, ele conta que pretende aproveitar a votação expressiva que teve (mais de 33 mil votos), para tentar aprovar recursos suficientes para o aumento das castrações públicas, construção de mais um ou dois Hospitais Veterinários Públicos e focar no planejamento para o próximo mandato.

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