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Brasília

Brasilienses já pensam nas resoluções de Ano Novo

Metas pessoais e profissionais são incentivo para renovar as esperanças de tempos melhores em 2024

Vítor Mendonça

29/12/2023 9h02

Entrar na academia, emagrecer, trocar de emprego, faturar mais, fazer a viagem dos sonhos, retomar os estudos, passar em um concurso – todas essas metas são comuns em muitas listas de resolução de ano novo. A três dias da virada, 2023 chega ao fim da última semana e muitos brasilienses já têm em mente o que desejam para o próximo ano.

Para o advogado Evandro Kuwabara, 50 anos, o ano novo traz incertezas dentro do cenário político, mas, conforme contou, não pretende ser guiado pela conjuntura de nenhum governo. Os objetivos para 2024 são para o crescimento profissional e intelectual.

“Estou fazendo pós-graduação, quero crescer meu escritório e contratar advogados”, contou. “Minha vida estava ruim, mas já está melhorando, estou me adequando agora em 2024. Estou muito esperançoso”, disse. Caso haja a oportunidade financeira, ele quer viajar ou para os Estados Unidos ou para o Japão, de onde ele e a família têm ascendência.

De acordo com a vendedora Noah da Silva, 23, 2024 será um ano de novas oportunidades. De um modo geral, ela pretende evoluir em todas as áreas da vida, uma vez que, conforme contou, 2023 e 2022 foram anos de grandes desafios, mas dos quais ela conseguiu lidar de forma positiva. “Estou encarando 2024 como uma esperança”, explicou.

“[Em 2023] não só comigo, mas com muitas pessoas à minha volta, vi muita repreensão em diferentes áreas da vida, como família e outras pessoas em geral, e [dificuldades com] dinheiro. Espero que 2024 seja uma virada realmente para se livrar de todas essas coisas [ruins]”, destacou. Ela acredita que será um ano favorável para superar esses desafios.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, contou ao Jornal de Brasília que um dos objetivos que possui na lista de resoluções para o novo ano é manter o foco “nas entregas e em novas obras importantes para a cidade”.

Camila Portela, 31, tem como principais metas passar em um concurso público e viajar mais – em ambos os objetivos, ela já tem se planejado para alcançar no próximo ano. Em 2024, ela vai viajar com as amigas professoras, profissão que exerce, para Aracaju.

Profissionalmente, ela acredita que as demandas deste ano não foram bem conciliadas com os estudos para o concurso. Portanto, a professora de educação infantil tem analisado quais serão as melhores estratégias para alavancar as aprendizagens para passar nas provas que pretende fazer. A principal delas é a da Secretaria de Educação, mas também tentará outros editais.

Enquanto a aprovação não chega no concurso, ela quer se dedicar também ao que já faz na educação infantil. “Quero melhorar e aperfeiçoar cada vez mais, para que seja 100% excelente. […] Para 2024 quero que diminua a violência, que as pessoas procurem se aproximar de Deus cada vez mais e haja saúde, paz e dinheiro”, finalizou.

Parceria e persistência

De acordo com a psicóloga especializada em antropologia social, Ciomara Schneider, as resoluções de ano novo são comuns a muitas sociedades por uma característica inata do ser humano: ser cíclico. “Nosso próprio desenvolvimento é assim, então gostamos disso, de terminar um ciclo e iniciar outro. Isso acontece em diversas culturas”, destacou. Somando-se a essa característica, estão os tradicionais planos e metas para o ano seguinte.

“Esses planos são bons para uma autorregulação, porque as pessoas se dão uma esperança, uma possibilidade de recomeço. Mas muitas vezes acabam não colocando em prática – isso é o que às vezes pesa no aspecto emocional e na saúde mental. Porque os planos são feitos, mas depois que passam as comemorações, as coisas começam a se assentar novamente na repetição. É difícil fazer mudanças mais efetivas [tão imediatamente]”, apontou.

Conforme recomendou, uma boa estratégia para manter o foco e persistir mesmo desanimado é dividir a meta com algum amigo, familiar ou parceiro, para que haja motivação mútua e o processo se torne mais leve. Ter alguém para prestar contas, ser cobrado positivamente, se comprometer, é importante para que a persistência seja alcançada ao longo dos meses do ano.

“A parceria e a persistência são o segredo”, destacou. “O processo se torna mais fácil porque um dá apoio para o outro. Ter outra pessoa com quem contar para acompanhar no passo a passo facilita. Nós somos seres muito sociais, de compartilhar. E mesmo essas coisas que no começo são mais difíceis, ter alguém para puxar [para os resultados] ajuda bastante.”

Para alcançar os objetivos, ela destaca que é preciso “manter o pé no chão” e se comprometer com uma ou duas metas, no máximo, para que seja possível cumprir. A partir daí, ela destaca que os resultados e as pequenas conquistas com vão trazendo mudanças no comportamento e em hábitos posteriores, sem o peso da frustração que haveria com uma lista repleta de metas. “Uma coisa engata na outra e os resultados agora incentivam outros objetivos”, disse.

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