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Brasília

Artistas fazem assembleia para debate junto à Sated-DF

Membros buscam anistia de associados inadimplentes e lutam por melhorias

Willian Matos

14/02/2023 11h31

Foto: Luis Quintero/Pexels/imagem ilustrativa

Membros do coletivo Cavalo de Tróia estão organizando, para a próxima quinta-feira (16), uma assembleia para discutir a anistia de associados inadimplentes junto ao Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Distrito Federal (Sated-DF). O encontro ocorre no Teatro Dulcina, a partir das 19h.

A assembleia tem por objetivo mobilizar integrantes da diretoria do Sated-DF e membros adimplentes que querem fazer valer os direitos daqueles que ainda possuem débitos a quitar. Atualmente, mais de 600 artistas são considerados inadimplentes junto ao sindicato.

O Cavalo de Tróia pede e considera justo que as dívidas dos membros sejam perdoadas. Segundo a professora de Teatro Juliana Seixas, membro do coletivo, a atual diretoria não oferece diálogo. “Querem que eles paguem todos os anos em atraso. Dizem que podem negociar, mas esse sindicato não devolveu nada em troca para os associados, então não achamos justo que se negocie.”

Os artistas inadimplentes não podem votar nas eleições para definição da diretoria do Sated-DF, que ocorrem a cada três anos. “É preciso anistiar e começar de novo, devolver os direitos a votar e ser votado”, considera Juliana. A atual diretoria está no cargo há 41 anos.

O coletivo Cavalo de Tróia, responsável pela assembleia, existe desde 2019. De lá para cá, tenta debater com a diretoria, mas sem sucesso, segundo Juliana Seixas. “O diálogo sempre emperra quando tratamos de assuntos como a anistia dos inadimplentes antigos, atualização do estatuto deste sindicato, transparência acerca do orçamento, entre outros pontos que já foram exaustivamente pautados em reuniões durante esses quatro anos”, lamenta.

Há eleições previstas para março deste ano na diretoria da Sated, e o coletivo Cavalo de Tróia trabalha para que os membros inadimplentes possam votar. O grupo acusa ainda os atuais diretores de usarem de meios ilegais para ter maioria na votação. “Fazem reuniões e assembléias sem divulgar datas nos grupos oficiais de WhatsApp e e-mail dos associados. Estamos realmente lidando com uma diretoria antidemocrática”, crava Juliana.

O grupo recolheu 215 assinaturas de artistas e técnicos e preparou uma carta de repúdio contra a atual gestão da Sated-DF. O documento foi entregue ao Ministério Público do Trabalho (MPT) no último dia 3.

A reportagem indagou a Sated-DF a respeito das acusações. O presidente do órgão, Gimba Júnior, negou que não haja diálogo, mas não respondeu as questões sobre a anistia e as suspeitas acerca das eleições.

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