Mateus Souza
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O aposentado Ranulfo do Carmo, de 74 anos, será julgado nesta terça-feira (20). Ele já teve um pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em 2 de dezembro de 2019. Ranulfo é acusado de ter assassinado a esposa a tiros e atirado contra o próprio filho. As vítimas são Diva Maria Maia da Silva, de 69 anos, e o filho do casal, Régis do Carmo, de 46 anos. O crime ocorreu no apartamento da família, na SQN 316 da Asa Norte, em 28 de janeiro de 2019.
De acordo com inquérito do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), entre 10h e 11h da manhã do dia 28 de janeiro, Regis e a mãe haviam acabado de retornar de uma viagem para Goiânia-GO, e o acusado teve uma discussão com o filho. Na ocasião, Ranulto estava armado com um revolver .38 da marca Taurus, com seis munições. Ao testemunhar a briga, Diva Maria teria gritado “pelo amor de deus”, para impedir o acusado.
Uma vizinha ouviu os gritos da vítima e foi até o apartamento da família. No local, ela encontrou Régis bastante abalado, enquanto dizia que teria um “ataque”, referindo-se à sua pressão cardíaca. Ainda segundo o inquérito, Ranulto se aproveitou do momento para alvejar o filho com diversos disparos de arma de fogo. A vizinha deixou o local sem ser atingida e correu para a portaria.
Outra vizinha compareceu ao local e conseguiu socorrer Regis. Nesse momento, o investigado disparou contra a esposa, Diva Maria Maia da Silva, de 69 anos, que veio a óbito ainda no local. Régis foi socorrido e passou cerca de 15 dias internado.
Agravantes
Segundo o inquérito, o crime é agravado por ter sido cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime foi caracterizado como feminicídio por ter sido cometido em um contexto de violência doméstica e em razão da condição de sexo feminino da vítima. Além disso, a arma utilizada pelo acusado estava em desacordo com o regulamento.
