Menu
Professor M.

Inovar: ou arrisco, ou assisto!

Inovar faz parte de uma atitude pessoal, profissional ou organizacional, onde eu arrisco agindo ou assisto a ação.

Prof. Manfrim

02/08/2020 15h02

Business and technology trading concept, Abstract planet earth particle over the Stock market chart,Closeup Stock market exchange data on LED display

 

Desafio constante no dia a dia das organizações, ‘inovar’ envolve o fato, a vontade, o comportamento, a necessidade ou a motivação de agir e fazer algo. Envolve encarar o desafio de produzir algo diferente e (ou) realizar algo atual melhor.

As diversas definições de inovação convergem ao ‘ato de agir’:

  • Inovação é uma nova ideia implementada com sucesso, que produz resultados (Ernest Gundling – 3M);
  • Inovação é a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de novos produtos, novos processos e novas técnicas organizacionais (Giovanni Dosi – Univ. de Pisa);
  • Inovação é um processo estratégico de reinvenção contínua do próprio negócio e de criação de novos conceitos de negócios (Gary Hamel – Strategos);
  • Inovação é o resultado de um esforço de time (Tom Kelley – Ideo);
  • Inovação é processo de alavancar a criatividade para criar valor de novas maneiras, por meio de novos produtos, novos serviços e novos negócios (Ronald Jonash e Tom Sommerlatte- consultores);
  • Inovação é adotar novas tecnologias que permitem aumentar a competitividade da companhia (C. K. Prahalad – Univ. Michigan).

Definido também como “[…] realizar algo novo ou que nunca havia sido feito antes; produzir novidades; renovar; fazer com que fique novo; realizar a restauração (www.dicio.com.br).

O ato de inovar envolve invariavelmente ações de renovar, inventar, criar e introduzir novidades a produtos/serviços existentes ou novas soluções para clientes e mercados.

Nesse sentido, basicamente existem duas posições a assumirmos em relação à inovação: (i) a posição ativa, de agirmos ou, (ii) a posição passiva, de assistirmos. São duas escolhas: ou somos ‘protagonistas’ ou somos ‘coadjuvantes’ na ação de inovar.

Logo, a posição ‘ativa’ de ‘protagonista’ envolve assumir alguns riscos, mas com grandes benefícios, diferente da posição ‘passiva’ e de ‘coadjuvante’, que denota um comportamento apático, secundário e neutro.

Inovar é agir

Correr riscos é próprio da ação e do ato de inovar! Caminhar em uma superfície desconhecida, explorar territórios novos e desbravar áreas do conhecimento pouco exploradas envolve incógnitas que podem acarretar em riscos e insucesso, como também sucesso nos negócios.

Antes de mais nada, para viver no universo do empreendedorismo e da inovação, é essencial estar disposto a correr riscos e lidar com suas consequências, positivas ou negativas, com variáveis desconhecidas.

Isso pode se dar pela ausência, carência, exiguidade ou insuficiência de dados e informações sobre uma área pouco ou nada explorada, com produtos ou serviço nunca antes operacionalizados, simbolizando figurativamente o dito popular “construindo o carro com ele andando”.

Como disse Peter Drucker, “A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro”.

Os riscos de não inovar

Assim, resumidamente, temos o risco de ‘não inovar’, que pode ser exemplificado com algumas considerações [1]:

– Obsolescência dos produtos/serviços;

– Risco dos produtos/serviços não satisfazerem mais as necessidades dos clientes, não sendo mais também aceitos pelo mercado;

– Diminuição da rentabilidade (redução do valor dos produtos/serviços; diminuição das receitas);

– Perda de valor da imagem da empresa no mercado;

– Redução da competitividade concorrencial;

– Perda de participação no mercado;

– Baixas oportunidades de negócios com clientes/mercados;

– Distanciamento dos padrões de mercado de tecnologias da informação e comunicação;

– Redução do ciclo de vida dos produtos/serviços.

– Concorrentes desenvolvendo rapidamente uma forma mais eficiente de inovar;

– Receita com dependência de um ou poucos produtos/serviços.

Com certeza, inovar pode implicar em elevados investimentos que, por consequência, podem também ser rentabilizados ao longo do ciclo de vida do novo produto/serviço e na exploração de um novo negócio ou mercado.

Os benefícios de inovar

Por outro lado, resumidamente, temos os benefícios de se ‘inovar’, que pode ser ilustrado com algumas considerações [1]:

– Aumento dos lucros/margens de lucro;

– Diversificação de produtos/serviços;

– Diferenciação de produtos/serviços;

– Satisfação das necessidades dos clientes/consumidores/mercado;

– Satisfação de necessidades emergentes dos clientes/consumidores/mercado;

– Fidelização dos clientes;

– Manutenção ou aumento da participação de mercado;

– Manutenção de uma posição estratégica no mercado;

– Aproveitamento de novas oportunidades de negócio;

– Criação de mercados;

– Personalização dos serviços/produtos;

– Ampliação da capacidade competitiva;

– Aproveitamento de economias de escala;

– Aproveitamento de sinergias (ex.: produção, comercialização, tecnologias, etc.);

– Melhoria da qualidade dos produtos/serviços;

– Melhoria dos processos organizacionais;

– Modernização tecnológica de comunicação e informação;

– Minimização da obsolescência do negócio;

– Reforço do valor da imagem no mercado;

– Proteção contra os ciclos económicos;

– Aumento do valor agregado aos negócios da empresa;

– Busca de vantagem competitiva;

– Mitigação de ameaças dos concorrentes.

Em síntese, a inovação pode proporcionar o tão desejado diferencial de mercado, diferencial de negócios e diferencial competitivo, três aspectos fundamentalmente importantes para qualquer tipo e tamanho de organização e empresa.

Dessa forma, independente da motivação, inovar acaba envolvendo quatro estímulos básicos: (i) inovar para sobreviver, (ii) inovar para competir, (iii) inovar para evoluir e (iv) inovar como estratégia.

Vale a pena rever os artigos ‘Dez fatores de sucesso da inovação – 10 FSI’, ‘Inovar versus inventar! Sinônimos versus Antônimos’ e ‘Inovações promissoras e sua sobrevivência’.

———————————————————————————————————————–

[1] BAPTISTA, Paulo. A inovação nos produtos, processos e organizações.
Porto: Sociedade Portuguesa de Inovação, 1999.

63 ?—————————————————————————————————————

Prof. Manfrim, L. R.

Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Compulsivo em Administração (Bacharel). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Intraempreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Marketing, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação, Empreendedorismo e Futurismo.

Coautor de Livro na área de Educação Empreendedora no DF e membro da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes, Humanas e Sustentáveis.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil e Jornal de Brasília. Já cruzei os oceanos da Universidade Cruzeiro do Sul, Centro Univ. do Distrito Federal (UDF), Cia Paulista de Força e Luz (CPFL), IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco, Microlins SP, Sebrae DF e Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias, hackathons e pitchs: [email protected].

? Linkedin – Prof. Manfrim

_____________________________________________________________________________

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado