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Futebol ETC
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No Rio de Janeiro, governador do Estado e presidente da CBF são cargos de “altíssimo risco”

O que causa espanto é a quantidade de “BO’s” que já ocorreu nos últimos anos com as figuras que sentaram nessas duas cadeiras

Marcondes Brito

21/12/2023 6h49

Reprodução/Montagem

O Jornal de Brasília destacou, nesta quarta-feira (20), a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de autorizar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telemático do governador Cláudio Castro (PL-RJ). Ele é investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção, e a quebra de sigilos foi um pedido da PF no âmbito da operação Sétimo Mandamento.

Simultaneamente a mais esse escândalo envolvendo o Governo do Rio, desenrola-se na Cidade Maravilhosa outra novela envolvendo o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que foi defenestrado do cargo numa articulação comandada pelos ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. O caso está agora no Supremo Tribunal Federal (STF).

Cargos de alto risco

O que causa espanto é a quantidade de “BO’s” que já ocorreram com as figuras que sentaram nas cadeiras de Governador do Rio e de presidente da CBF, cuja sede sempre foi na capital fluminense.

Recorde-se que, nos últimos quatro anos, seis governadores ou ex-governadores do Estado foram presos ou afastados do mandato. O último foi Wilson Witzel, destituído do cargo em 2021, acusado de corrupção em um esquema de desvio de dinheiro público destinado a ações de combate ao combate da Covid-19.

Antes de Witzel, outros chefes do executivo afastados no Rio foram Luiz Fernando Pezão (governador entre 2014 a 2018); Sérgio Cabral (2007 a 2014); Anthony Garotinho (1999 a 2002); Rosinha Garotinho (2003 a 2006); e Moreira Franco (1987 a 1991).

Na CBF, muita confusão

Enquanto isso, na cadeira mais importante do futebol brasileiro, as confusões também são imensas (e igualmente escandalosas). Ednaldo Rodrigues, foi destituído do cargo no dia 7/12, por meio de decisão judicial. O motivo seria a ilegitimidade das eleições que o possibilitaram chegar à presidência. Mas Ednaldo é apenas mais um de uma longa lista de ex-mandatários da CBF envolvidos em polêmicas.

Antes dele, outros figurões também foram deletados da cadeira. A saber:

Ricardo Teixeira foi investigado e condenado por suborno. A pena para o dirigente foi o banimento de qualquer atividade relacionada ao futebol, a nível nacional e internacional. Ele foi presidente da CBF de 1989 a 2012.

José Maria Marin foi condenado na Justiça americana por seis crimes relacionados a sua gestão à frente da CBF. Marin foi considerado culpado pelos crimes de organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro.

Marco Polo Del Nero segue a mesma linha do seu antecessor no cargo, José Maria Marin. Na investigação que levou à prisão de Marin, o seu sucessor também foi citado pelo recebimento de propina em contratos relacionados a competições sul-americanas. Del Nero foi banido do futebol pela Fifa.

Rogério Caboclo foi afastado da presidência em 2021, após ser acusado de assédio sexual. Duas ex-funcionárias da entidade acusaram formalmente o então presidente de assédio moral e sexual.

Qual vai ser o próximo escândalo?

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