Os dados sobre a chamada saidinha de Natal turbinaram a campanha dos deputados brasilienses Bia Kicis e Alberto Fraga para acabar com essa concessão feita aos presidiários brasileiros.
Levantamento nacional concluiu que 4,8% dos detentos que obtiveram o direito à saída temporária não regressaram aos presídios. Em todo o País, 56;924 presos tiveram essa regalia. Desse total, 2.741 não retornaram às instituições. Esses dados correspondem a 18 unidades da Federação que concedem a saidinha – oito não permitem isso e a Bahia ainda não completou seus dados.
No Distrito Federal a fuga é relativamente baixa. Dos 1.777 presos liberados na última saidinha de 2023, foram 23 os que não retornaram às respectivas unidades prisionais.
Bia e Fraga pressionam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para colocar em votação projeto que acaba com as saidinhas e que já foi aprovado pela Câmara. Mas deve-se esperar resistência do Planalto.
O novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sempre defendeu linha mais branda e, inclusive, foi o principal criador das audiências de custódias, que podem permitir a soltura imediata dos presos após a detenção por órgãos policiais.