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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Polarização vale para até para conselho tutelar

Por outro lado, desde as eleições passadas, partidos de esquerda apostaram nas eleições para conselhos tutelares no rumo de obter visibilidade

Eduardo Brito

25/09/2023 18h46

Foto: Agência Brasília

Brasília não terá eleições municipais em 2024, mas nem por isso o clima da disputa política está amainado. Na falta de prefeitos e vereadores, a disputa fica em torno da escolha de membros dos conselhos comunitários de segurança, Consegs, que ocorrerão no dia 29 de outubro,  e dos conselheiros tutelares dos Direitos da Criança e do Adolescente, marcada para 1º de outubro.

Ex-candidato ao Senado pelo PSOL, Chico Sant’Anna registra que, embora sejam espaços apartidários para a comunidade se fazer presente – uma ferramenta de democracia direta – a ideologização de ambos os fóruns está bastante elevada, pois o que se vê nas redes sociais é um repeteco da polarização entre bolsonaristas e progressistas.

Vídeos postados por conservadores conclamam aqueles que são “contra comunistas, progressistas e simpatizantes da esquerda” a participarem das eleições e “barrar a vitória dessa esquerdalha”.

Por outro lado, desde as eleições passadas, partidos de esquerda apostaram nas eleições para conselhos tutelares no rumo de obter visibilidade.

Por exemplo, Keka Bagno, que disputou o Buriti pelo PSOL, é hoje conselheira tutelar. Como mostra Chico Sant’Anna, os vídeos atravessam fronteira. Em um deles, o deputado bolsonarista Gustavo Gayer, que é de Goiás, diz que essa é a oportunidade de barrar o avanço das esquerdas. 

Já tem até listão

De seu lado, partidos de esquerda – à frente o PSOL, mas também o PT e outros – lançaram até um listão de 50 candidatos preferenciais, em 20 regiões administrativas do Distrito Federal. As relações maiores estão em Ceilândia, com sete nomes, Taguatinga, com cinco e Plano Piloto, com quatro.

Vale para todas as forças políticas 

Ao todo, serão eleitos 220 conselheiros e 440 suplentes para o período que vai de 2024 a 2027. Com esse número de cargos em jogo – e funções que podem representar algum trunfo político – é evidente que não seria apenas a esquerda a se movimentar.

Os bolsonaristas têm seus candidatos, mas mesmo nesta reta final não fizeram ainda circular listões de nomes.

Na esfera do governo inexiste um esforço estruturado, mas muitos grupos organizados estão se mobilizando para fazer o maior número possível de eleitos.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, tem se mobilizado. Embora seja também presidente do MDB mulher, ela procura dissociar essa iniciativa do partido. Mas está de mangar arregaçadas.

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