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Do Alto da Torre
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Enfraquecimento do PSDB começa pelas bases

Com a saída de Dória e a derrota de seu sucessor, esse número derreteu. O PSD aumentou em 283 o número de prefeituras em São Paulo

Eduardo Brito

01/11/2023 22h19

Foto: Agência Brasil

Sim, o PSDB chegou a ter 21 senadores e agora está com 2. Teve 99 deputados federais e hoje soma 15, mais quatro do federado Cidadania. Mas o verdadeiro termômetro do declínio dos tucanos não está em Brasília, mas em São Paulo, que chegou a ser apelidado de Tucanistão.

Durante oito governos estaduais, em um total de 24 anos, o PSDB passou a controlar a esmagadora maioria de prefeitos, organizando uma base que se retroalimentou ao longo dos anos. Mesmo no final do governo de João Dória, quando a força do partido não era a mesma, os tucanos chegavam a controlar 238 municípios em São Paulo e 790 em todo o Brasil.

Com a saída de Dória e a derrota de seu sucessor, esse número derreteu. O PSD aumentou em 283 o número de prefeituras em São Paulo.

O partido de Gilberto Kassab, que tinha 46 prefeitos, agora conta com 329 chefes de executivos municipais (51% do estado), mas não faturou só às custas do PSDB, mas também do MDB, do PP e do União.

O líder em prefeituras até 2022 era o PSDB, de João Doria, que perdeu 195 mandatários e agora tem 43. O Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas, tem 54 prefeituras (8,4% do total estadual).

É que Tarcísio entregou a política partidária ao seu secretário de governo, Gilberto Kassab, que passou a fazer política própria. Não é à toa que senadores como o brasiliense Izalci Lucas e mesmo governadores como a pernambucana Raquel Lira discutem novas alternativas partidárias.

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