Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Caso de Donizet vira barraco na Câmara Legislativa

Alegaram que emissora de TV divulgou denúncia de garota de programa que se dizia agredida em um motel por assessor do distrital

Eduardo Brito

15/08/2023 19h24

Donizet

Foto: Divulgação

Criou-se na Câmara Legislativa um climão em torno do distrital Daniel Donizet. Nesta terça-feira, 15, um advogado do Gama e um certo Instituto Libertar Mulher, com escritório em Samambaia, procuraram a Câmara para protocolar o que chamaram de “representação por quebra de decoro parlamentar com pedido de cassação de mandato e suspensão provisória do exercício do cargo” contra Donizet.

Alegaram que emissora de TV divulgou denúncia de garota de programa que se dizia agredida em um motel por assessor do distrital e que achava que o próprio Donizet estava no grupo.

Afirmaram ainda que Donizet silenciou desde o caso, ocorrido em 23 de março. Segue-se uma série de fofocas contra o distrital, citando que ele foi agressivo com uma administradora regional, sua adversária, e que foi acusado por sua suplente, que adotava o nome de Kelly Bolsonaro, de fazer rachadinha.

A entrega dessa representação coincidiu com manifestação de um grupo feminino que, sem falar de Donizet, foi à entrada da Câmara para protestar contra feminicídios. As quatro distritais foram, separadamente, ao encontro dos manifestantes.

A procuradora da Mulher na Câmara, deputada Jane Klébia, garantiu às ativistas que existe um compromisso do Legislativo ao priorizar o combate a esse tipo de crime. Logo depois começou um barraco para valer.

Dúvidas sobre o que está por trás

Na verdade, houve dois confrontos no meio desses protestos. A distrital Dayse Amarílio dialogava com as manifestantes quando foi interpelada por um ex-candidato a deputado, só depois identificado. Ele disse, por exemplo, que “vocês, distritais, não servem para nada”.

O presidente da Câmara, Wellington Luiz, comunicou que o ex-candidato estava proibido de entrar no prédio. Em seguida, duas funcionárias da Câmara foram fotografar a manifestação e foram ameaçadas por três homens que acompanhavam o ato.

Um assessor de Donizet foi defende-las, mas foi ameaçado de agressão pelos três. Aí a coisa se complicou de vez. Um deles, gravado, foi assessor do ex-distrital Reginaldo Sardinha. Vem a ser o suplente de Donizet. Se o atual titular renunciar ou for cassado, é Sardinha quem assume o cargo.

PSOL e PSB cercam colega

Após o PL, partido de Donizet, cobrar-lhe um posicionamento, a coligação PSOL-PSB da Câmara Legislativa cobrou rigor na condução das investigações e alegações relacionadas ao caso.

“As denúncias veiculadas pela imprensa são graves e precisam ser averiguadas, pois é intolerável que qualquer mulher seja submetida a assédio ou qualquer forma de violência”, dizem os distritais Dayse Amarílio, Fábio Félix e Max Maciel, integrantes da bancada.

Eles avisam: “Esperamos que as informações já solicitadas por esta casa referente ao caso cheguem o mais breve possível à Câmara Legislativa para que possamos dar prosseguimento às investigações, cumprindo nosso dever social, sobretudo no que diz respeito ao enfrentamento da violência contra a mulher”.

A verdade é que, para complicar tudo ainda mais, existe um inquérito policial a respeito e a procuradora da mulher, Jane Klebia, até cobrou sua apresentação. Só que, até agora, ninguém sabe e ninguém viu esse inquérito.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado