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Do Alto da Torre
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Nem 4% dos domicílios vivem em insegurança alimentar séria

Dentro das 196.362 (21%) casas que possuem algum grau de insegurança, 12,9% são leves (120.563)

Eduardo Brito

21/07/2023 10h17

Foto: Banco de Imagens

Quebrando um parâmetro, pesquisa revela que não chegam a 4% os domicílios do Distrito Federal em condições sérias de insegurança alimentar. O estudo “Segurança Alimentar no Distrito Federal: um panorama sociodemográfico” foi divulgado nesta sexta-feira (21) pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). A partir dos dados coletados pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), realizada em 2021, a publicação apresenta um panorama da segurança alimentar no DF segundo características da população e dos domicílios, utilizando-se da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA).

Na capital federal, 79% dos domicílios estavam em segurança alimentar e 21% em algum grau de insegurança (196.362), sendo 12,9% leve (120.563); 4,2% moderada (39.046); e 3,9% grave (36.753). Considerando os moradores, 76% se encontravam em segurança alimentar e 24% em algum grau de insegurança, sendo 15,42% leve (451.965); 4,56% moderada (133.599); e 4,59% grave (134.459).

Considerando os moradores, 76% se encontravam em segurança alimentar e 24% em algum grau de insegurança, sendo 15,42% leve (451.965); 4,56% moderada (133.599); e 4,59% grave (134.459).

Observou-se uma maior prevalência de insegurança alimentar em domicílios com arranjo familiar monoparental feminino, com 17,8% deles em grau leve e 7,1% em graus moderado e grave. Entre os domicílios chefiados por homens não negros, 88,6% estão em segurança alimentar, ante a 68,2% dos chefiados por mulheres negras. O cenário se repete na análise da população: 82% dos homens não negros estavam em segurança alimentar, enquanto 30,4% das mulheres negras residiam em domicílios com algum grau de insegurança.

Em 30,7% dos domicílios em que residiam crianças de até 6 anos foi observado algum grau de insegurança alimentar. A primeira infância apresentou a maior prevalência de insegurança por faixa etária (32,4%). Em 47,2% dos domicílios que tinham três ou mais moradores com menos de 18 anos constatou-se algum grau de insegurança. A população com 60 anos ou mais tinha a menor prevalência de insegurança alimentar no DF (17,3%).

Nas regiões administrativas de alta renda (Águas Claras, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way, Plano Piloto e Sudoeste/Octogonal), cuja renda domiciliar média era de R$ 15 mil, cerca de 96% dos domicílios e moradores estavam em segurança alimentar. Já nas RAs de baixa renda (Brazlândia, Fercal, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Sol Nascente/Pôr do Sol, São Sebastião, SCIA/Estrutural e Varjão), cuja renda era de R$ 2.800, esse percentual era em torno de 64% dos domicílios e 62% dos moradores.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo está abaixo da linha de pobreza: no DF, 58,5% das pessoas em situação de pobreza se encontravam em insegurança alimentar, sendo 28,2% em grau leve, 13,1% moderado e 17,2% grave. Pelo Decreto n° 10.852/2021, que regulamenta o Auxílio Brasil, o critério de renda é igual ou inferior a R$ 210: 57,2% das pessoas em situação de pobreza no DF estão em insegurança, sendo 22,2% leve, 14,1% moderada e 21% grave.

Categoria de classificação da Ebia

? Segurança alimentar: acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.
? Insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos no futuro; qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos.
? Insegurança alimentar moderada: redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.
? Insegurança alimentar grave: redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentos resultantes da falta de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores.

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