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Concursando Direito
Concursando Direito

Espelho, espelho meu, existe alguém igual a mim?

Copiar ou se comparar com pessoas que trilharam jornadas diferentes das nossas só tem como gerar frustração.

Werner Rech

12/02/2021 15h32

Homem olhando seu reflexo no espelho

Durante muito tempo, enquanto eu competia, ficava fazendo comparações do meu jogo com os de grande campeões. Antes de conseguir um patrocínio vi meus pais trabalhando além do necessário para me darem de natal uma raquete igual a que era usada pelo melhor jogador da época.

Eu acreditava que aquela raquete faria a diferença no meu jogo a ponto de eu jogar igual a ele. Provavelmente meus pais sabiam que era mais um capricho do que algo que de fato melhoraria o desempenho, mas mesmo assim fizeram seus sacrifícios, para dar a mim algo que parecia muito importante.

Obviamente que eu não acabei jogando tão bem quanto aquele grande jogador da época. Algumas semanas depois de estar com o novo equipamento eu perdi um jogo fácil. Imaginei que eu precisava me preparar melhor. 

Fui ver como eram os treinos do meu ídolo. Tentando imitar ele acabei me lesionando. Nada muito sério, mas foi ali que comecei a entender que não existem duas pessoas iguais no mundo, ou mesmo duas jornadas idênticas. Ficou evidente para mim que usar as mesmas coisas que os grandes usam, ou fazer as mesmas coisas que os grandes fazem, não me levaria aos meus objetivos no esporte.

Copiando não vamos a lugar algum

Copiar ou se comparar com pessoas que trilharam jornadas diferentes das nossas só tem como gerar frustração. Esse sentimento talvez seja um dos mais perigosos para quem estuda para concursos.

As rotinas ou as formas de estudos que eu fiz podem até clarear suas ideias sobre como alguém passa nos concursos mais difíceis, mas copiá-las, em regra, vai te deixar frustrado. Talvez esse sentimento venha por serem técnicas muito fáceis para o seu conhecimento avançado, ou mesmo, é possível que as rotinas que eu fiz não sejam viáveis para você.

Quero dizer que a comparação serve como referência, mas não como solução. Entender os diversos métodos que levaram pessoas a passarem em concursos ajuda, mas copiar esses métodos sem nenhuma adaptação não vai te levar à aprovação.

Depois de conversar com muitos aprovados no Canal Defensolândia vi que todos criaram suas formas de estudar. Obviamente que a maioria não criou do nada. Todos passaram por suas jornadas e ao longo do caminho foram construindo e entendendo os seus limites. Isso é o que se depreende desse vídeo, onde foi aplicado um dos métodos menos usuais:

Outro motivo para desenvolver sua própria fórmula é que nos piores momentos você terá um comprometimento muito maior. Quando estamos seguindo modelos normalmente não estamos convictos e ao menor sinal de dificuldade jogamos tudo pro ar. Fica sempre aquela dúvida se o método do vizinho não seria melhor. Pode até ser que seja, mas provavelmente é melhor pra ele e não para você.

O momento do crescimento

Esses limites também envolvem os sentimentos que vem e vão enquanto estudamos. As frustrações das várias reprovações, mesmo quando achamos que a nota não fez jus ao nosso esforço.

Nesses momentos em que mais estava contrariado é que aconteciam as mais profundas reformulações e melhorias na minha forma de estudar. Não era a cadeira ou o tablet de última geração que faziam essas mudanças. Tudo acontecia pela vontade de vencer e ver dar certo o investimento que havia feito.

Ter bons equipamentos, ver e entender exemplos de sucesso nos concursos faz a diferença. Contudo, sem a sua vontade de vencer e entender como a jornada dos outros pode contribuir para a sua, nada de extraordinário vai acontecer. Por isso que a experiência tem tanto peso. O que temos é que ter equilíbrio, como já havia falado em outro artigo.

Quanto mais concursos você fizer, mais experiência e preparo terá. Sejam donos de suas próprias experiências e assombrem os examinadores!

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