Menu
Concursando Direito
Concursando Direito

A incontrolável necessidade de conciliar os estudos

A melhor forma de conciliar os estudos das diversas etapas dos concursos públicos existe mesmo? Talvez não conciliar seja a melhor forma de conciliar.

Werner Rech

07/03/2022 11h14

Pensamentos

A incontrolável necessidade de conciliar os estudos

Conciliar os estudos das provas objetivas com as discursivas; concursos públicos de analista e de membro; carreiras policiais e defensoria pública. Lá no meu Instagram (@ProfWernerRech) Sempre recebo perguntas querendo conciliar algo.

Parece que existe uma incontrolável necessidade de conciliar os estudos para tudo na mente dos concurseiros. No entanto, será mesmo que isso não é um sintoma de um mal maior?

Insegurança

Quando alguém quer conciliar algo, normalmente, é porque são coisas que naturalmente não são conciliáveis. Do contrário você nem precisaria pensar em conciliar. A partir desse raciocínio é possível ver que esse sintoma pode ser a superfície de uma grande insegurança.

Não me leve a mal. Eu também era muito inseguro sobre o que eu realmente queria no mundo dos concursos. É normal amadurecer essa ideia ao longo dos anos de estudo. Muitas vezes o que nos faz começar a estudar é a segurança e a remuneração superior à média do mercado, principalmente para quem é recém-formado.

Tudo isso ainda é potencializado pela longa escassez de concursos durante os primeiros anos de pandemia e com a explosão de concursos que estamos presenciando por agora. Com muitas ofertas, das mais variadas carreiras e posições hierárquicas, vem a tal necessidade de conciliar os estudos.

Quem tudo quer nada tem

Sempre ouvi muito a expressão: “quem tudo quer nada tem”. Acredito que se aplique aos concursos públicos.

Se você está estudando para tudo, não está estudando para nada. Estudar exige dedicação e foco. Convenhamos, essa frase faz sentido. Isso significa que dificilmente terá condições de focar em mais de um tipo de estudo,por mais que você seja dedicado.

Também preciso te falar sobre algo que dificulta ainda mais a vida do concurseiro indeciso/inseguro: as provas que estão cada vez mais vocacionadas. Pois, por mais que uma pessoa estude para ser membro do Ministério Público, que em muito se assemelha às matérias exigidas nas provas da Defensoria Pública, passar em ambas é de extrema dificuldade, pois muitas vezes a mesma pergunta exigirá respostas distintas em ambas as provas.

Completamente diferente é quando mais de um concurso exige as mesmas matérias. Exemplo disso são os concursos para o mesmo cargo e nível federativo – União, Estados ou Municípios. Talvez por ser evidente a semelhanças as pessoas que me acompanham acabam não perguntando sobre esse tipo de “conciliação”.

Diante do que foi exposto, estar dedicado a um cargo de um nível federativo aumenta significativamente as chances de ser aprovado dentro dos 2 ou 3 primeiros anos de estudo – entre outros fatores, evidentemente.

Conciliando etapas diferentes

Os concursos para os cargos de membros exigem aprovação em provas objetivas, discursivas, orais e títulos. Essas etapas, em regra, ocorrem em momentos diferentes e ao longo de aproximadamente um ano.

Se você está preparado para seguir o meu conselho e só fazer concursos para o mesmo cargo, deve estar se perguntando sobre conciliar etapas diferentes, como é o caso dos estudos para a etapa objetiva e discursiva. É comum que você seja convocado para uma etapa discursiva de um determinado concurso que será aplicada algumas semanas antes de uma prova objetiva de outro certame.

Sobre esse tema especificamente preparei o vídeo abaixo:

A mensagem mais importante que eu gostaria de passar aqui é: escolha o seu destino nos concursos e transforme o sonho em realidade. Pare de tentar conciliar o inconciliável e bora assombrar o examinador!

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado