A investigação acerca do monitoramento ilegal de autoridades públicas a partir da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teve um novo desdobramento. De acordo com a Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão, Alexandre Ramagem, o ex-diretor da casa, teria ficado com um celular e um notebook da agência mesmo após desligamento do órgão.
Ele foi o principal alvo da operação reealizada ontem. Segundo a Abin, porém, Ramagem perdeu o acesso assim que deixou o cargo para concorrer à Câmara dos Deputados, em 2022, quando acabou eleito pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O crime, segundo as investigações, envolve o uso de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis (celulares e tablets, por exemplo) sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio monitorado.
Nos endereços de Ramagem, foram apreendidos quatro computadores, seis celulares e 20 pen drives.