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Brasil

Policial penal que assassinou tesoureiro do PT é indiciado por homicídio duplamente qualificado

A PCPR indiciou por homicídio duplamente qualificado o policial penal Jorge Guaranho, investigado por assassinar o tesoureiro do PT, Marcelo

Redação Jornal de Brasília

15/07/2022 12h04

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum, o policial penal Jorge Guaranho, investigado por assassinar o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, Paraná.

O crime aconteceu no sábado, 09. Marcelo Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário — com temática do Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula.

Guaranho foi ferido pelo guarda municipal, que também estava armado, e está internado em um hospital da cidade em estado grave. Ele teve prisão preventiva decretada na segunda, 11.

A delegada da Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, Iane Cardoso, informou que um inquérito foi aberto para apurar as agressões que Jorge Guaranho sofreu após atirar contra Marcelo Arruda. Três pessoas são investigadas pelo caso.

A delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, disse que a polícia também aguarda um laudo pericial para determinar a gravidade das agressões sofridas por Guaranho.

Entenda o caso

Segundo a Polícia Civil, o policial penal estava em um churrasco, quando ficou sabendo que a festa de Marcelo estava acontecendo.

As investigações revelam que o atirador tomou conhecimento por meio de outra pessoa que estava no churrasco e tinha acesso às imagens de câmera de segurança da associação onde o aniversário de Marcelo estava acontecendo.

Em seguida, de acordo com a delegada, Guaranho não fez comentários a respeito da festa. Apesar disso, o policial penal deixou o churrasco onde estava e foi para o local onde era realizado o aniversário de Marcelo.

Testemunhas disseram que o policial penal chegou em um carro com a mulher e um bebê. Além disso, o carro do atirador tocava uma música de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após isso, uma discussão se iniciou. A delega afirmou que testemunhas relataram que Marcelo jogou um punhado de terra contra o veículo de Guaranho. Depois da discussão, o policial deixou o local

A Polícia Civil concluiu, com base nos depoimentos, que o retorno de Guaranho ao local do aniversário por ter se sentido humilhado. Ao retornar ao aniversário, o porteiro da associação tentou impedir que ele entrasse no local a pedido dos participantes da festa.

Apesar disso, segundo a delegada Camila, o policial penal abriu o portão sozinho, ao entrar na associação, testemunhas que avistaram o carro, voltam para a festa com o objetivo de avisar Marcelo que o policial havia voltado. Ambos sacam suas armas, e ordem que o outro abaixe arma.

O agente penal efetuou os primeiros disparos.

Camila afirmou que Guaranho fez quatro disparos, dos quais dois atingiram Marcelo. Por outro lado, o petista atirou 10 vezes, acertando quatro tiros contra o policial.

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