O presidente americano, Joe Biden, afirmou neste sábado (21), em Seul, que os Estados Unidos ofereceram vacinas anticovid-19 para a Coreia do Norte, mas que não recebeu resposta, apesar do aumento do número de casos neste hermético país.
Biden, que está em Seul em sua primeira viagem à Ásia como presidente, disse que Estados Unidos e Coreia do Sul ofereceram ajuda à Coreia do Norte para combater a pandemia de coronavírus.
“[Dos Estados Unidos] oferecemos vacinas, não apenas para a Coreia do Norte, mas também para a China, e estamos preparados para fazer isso imediatamente”, declarou, em entrevista coletiva em Seul. “Não temos resposta”, acrescentou.
A Coreia do Norte, cuja população de 25 milhões de habitantes não está vacinada contra o coronavírus, registrou seus primeiros casos de covid-19, da variante ômicron, este mês.
Neste sábado, a imprensa estatal norte-coreana informou que cerca de 2,5 milhões de pessoas estavam doentes, apresentando “febre”, e que, até o momento, 66 mortes foram notificadas. De acordo com os veículos oficiais de comunicação, o governo “intensificou” sua campanha sanitária.
Biden e o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, expressaram hoje sua preocupação com o surto de covid-19 no país vizinho.
Ambos os presidentes disseram que “estão dispostos a trabalhar com a comunidade internacional para fornecer assistência” a Pyongyang, de acordo com um comunicado conjunto.
Especialistas alertaram que a situação pode desencadear uma grave crise sanitária na Coreia do Norte, que conta com um precário sistema de saúde.
Yoon disse que a oferta de ajuda foi feita de acordo com “princípios humanitários, independentemente de questões políticas e militares” com Pyongyang.
Ao mesmo tempo, os dois líderes anunciaram que contemplam reforçar seus exercícios militares, diante da “ameaça” representada pela Coreia do Norte.
© Agence France-Presse