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Quenianos mantêm sua hegemonia e fazem a dobradinha na corrida de São Silvestre

Sheila Chelangat e Wude Ayalew completam o pódio no feminino

Redação Jornal de Brasília

31/12/2023 9h38

Foto: Agência Brasil

LUCAS BOMBANA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Os atletas quenianos mantiveram sua hegemonia na Corrida Internacional de São Silvestre realizada neste domingo (31) pelas ruas da capital paulista.

Entre os homens, o pódio foi dominado pelos quenianos. Timothy Kiplagat Ronoh, 30, confirmou o favoritismo e cruzou a linha de chegada na primeira posição, com o tempo de 44 minutos e 52 segundos. O recorde da prova é de 42 minutos e 59 segundos, estabelecido em 2019 pelo queniano Kibiwot Kandie.

Ronoh tem entre os melhores resultados da carreira a segunda posição na maratona de Roterdã em 2023, e a primeira nas maratonas de Melbourne e Abu Dhabi em 2022.

Emmanuel Bor e Reuben Longosiwa, também do Quênia, ficaram em segundo e terceiro, respectivamente. Jonathas de Oliveira foi o melhor brasileiro, terminando na sexta colocação.

Na categoria feminina, a também favorita Catherine Reline, 21, do Quênia, venceu a tradicional prova de rua. Assim como Ronoh no masculino, Catherine conseguiu se distanciar das principais concorrentes ainda no meio da prova e liderou com folga até o final. A corredora, que já havia vencido a prova em 2022, concluiu a prova com o tempo de 49 minutos e 54 segundos.

O recorde na categoria feminina é de 48 minutos e 35 segundos, estabelecido em 2016 pela queniana Jemima Sumgong.

A também queniana Sheila Chelangat ficou com a segunda colocação, com o tempo de 51 minutos e 35 segundos. Wude Ayalew, da Etiópia, com 51 minutos e 46 segundos, completou o pódio.

Angolona naturalizada brasileira, Felismina Cavela foi a melhor atleta do Brasil na prova, na sexta posição, com o tempo de 55 minutos. Logo em seguida chegou a compatriota Kleidiane Barbosa, com 55 minutos e 12 segundos.

A prova prevê uma premiação total de aproximadamente R$ 300 mil. Os campeões recebem cerca de R$ 57 mil, cada.

Com os resultados, se mantém a hegemonia de atletas africanos na tradicional prova de rua, em especial do Quênia, sem que o Brasil consiga ocupar o lugar mais alto no pódio há mais de uma década.

Já se vão 13 anos desde a última vez que um corredor local chegou na frente, quando Marílson Gomes dos Santos venceu pela terceira vez (também ganhou em 2003 e 2005, sendo o brasileiro mais vitorioso da prova). No feminino, Lucélia Peres, em 2006, foi a última corredora do país a vencer a São Silvestre.

Desde então, atletas da África, principalmente quenianos, se revezam entre os campeões. Os corredores do país africano lideram a prova em conquistas, com 35 vitórias, considerando a fase internacional com estrangeiros, iniciada em 1945.

Entre os homens, o queniano Paul Tergat é o maior vencedor, pentacampeão da São Silvestre (1995, 1996, 1998, 1999, 2000). Entre as mulheres, o recorde é da portuguesa Rosa Mota, com seis triunfos consecutivos entre 1981 e 1986.

O Brasil ocupou o lugar mais alto do pódio em 16 oportunidades, sendo 11 vezes na categoria masculina e cinco na feminina.

Cerca de 35 mil competidores participaram da prova e percorreram os 15 km do percurso, passando por alguns dos principais pontos turísticos de São Paulo, como o estádio do Pacaembu, as Avenidas Ipiranga e São João e a Praça da República, além da famosa e temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio.

A largada da prova de 15 km aconteceu na Avenida Paulista, na altura entre as ruas Augusta e Frei Caneca, com a chegada na mesma avenida, em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, organizadora do evento.

Além dos atletas profissionais, a prova de rua de São Paulo é marcada pela grande presença de corredores amadores fantasiados dos mais variados personagens, como boxeador, noiva, Ayrton Senna, super-heróis, Chapolin e estrelas do rock.

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