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Torcida

Ministério Público do Acre pede para goleiro Bruno usar tornozeleira eletrônica

Além da tornozeleira, Bruno também terá de ficar no CT do clube, onde mora, após às 18 horas durante a semana e, aos domingos e feriados nacionais

Redação Jornal de Brasília

03/08/2020 17h24

O goleiro Bruno poderá usar tornozeleira eletrônica em seus jogos pelo Rio Branco-AC. O pedido foi feito, neste domingo, pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) junto à Justiça do Acre. O atleta cumpre pena em regime semiaberto.

A solicitação foi do promotor de justiça Tales Fonseca Tranin, da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio. “Aqui a regra é que todo reeducando que está no regime semiaberto use a tornozeleira eletrônica. Não seria diferente. Está aqui no estado cumprindo semiaberto, porquê não seria? Vale para todos”, disse o promotor.

Se o pedido for acatado pela Justiça, Bruno vai ter de usar a tornozeleira durante os jogos e treinamentos. Os custos pela compra e manutenção do equipamento vão ser do o Rio Branco-AC.

“Como o Bruno é a profissão dele, eu tô pedindo para que o Rio Branco-AC, que é o empregador, arque com os custos se houver os danos. Porque também não é justo o estado ficar pagando a tornozeleira toda vez que estragar, porque vai ficar levando porrada de bola. O pedido é esse”, afirmou Tales Tranin.

Além da tornozeleira, Bruno também terá de ficar no CT do clube, onde mora, após às 18 horas durante a semana e, aos domingos e feriados nacionais, não poderá sair. Se os jogos acontecerem domingo ou à noite, ele vai precisar de autorização da Justiça.

Bruno se apresentou ao técnico João Mota na quinta-feira passada, treinou na sexta e nesta segunda. O Rio Branco-AC vai disputar o segundo turno do Campeonato Acreano, o Campeonato Brasileiro da Série D e a Copa Verde.

Bruno, de 35 anos, foi condenado pela Justiça a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-namorada e modelo Eliza Samudio, ocorrido em 2010. Nesse momento, ele cumpre sua pena no regime semiaberto.

O goleiro tenta retomar a carreira, mas por enquanto teve apenas passagens curtas no futebol. No início deste ano, o Operário-MT desistiu da contratação de Bruno após protestos de torcedores. O mesmo já havia acontecido com o Fluminense de Feira.

Ainda em 2014, o Montes Claros, então na segunda divisão de Minas Gerais, contratou Bruno. No entanto, o goleiro ainda cumpria pena em regime fechado e não pôde atuar.

Já em 2017, após habeas corpus, Bruno acertou com o Boa Esporte Clube e chegou a realizar cinco partidas antes de voltar para a prisão. Em 2019, atuou por meio tempo pelo Poços de Caldas.

Estadão Conteúdo

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