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Futebol feminino: retorno do campeonato gera preocupações

Um dos principais questionamentos refere-se à segurança dos testes para detectar se as pessoas estão contaminadas

Agência UniCeub

25/08/2020 20h34

Por  Vitoria Von Bentzeen e Lucas Barbosa/Agência de Notícias UniCeub

A volta do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino reacende a polêmica em relação aos cuidados de saúde em dias de pandemia de covid-19. Um dos principais questionamentos refere-se à segurança dos testes para detectar se as pessoas estão contaminadas com coronavírus, ainda que assintomáticas.

Nas três principais divisões do Campeonato Brasileiro de futebol masculino, há times inteiros contaminados que adiaram partidas, como foram os casos do Goiás (que teve partida adiada contra o São Paulo) e do CSA (que não pôde jogar contra a Chapecoense). Até 11 de agosto, foram 151 os contaminados. Isso coloca em dúvida de como serão os cuidados no campeonato feminino, que tem menos investimento.

O Minas Brasília, representante do DF na elite do futebol feminino brasileiro, está seguindo os protocolos de segurança. “Vamos testar todas as atletas e o departamento de futebol no dia 26, o resultado tem que sair 12 horas antes do horário do nosso voo”, disse o diretor de futebol do clube, Luann Oliveira.

As Minas voltam ao campo no dia 30 de agosto, contra o São Paulo, e a viagem será de avião. Os testes serão feitos nesta quarta-feira, dia 26, de acordo com o protocolo da CBF o resultado precisar sair 12 horas antes do voo. Os testes serão feitos em um laboratório particular, seguindo todos os protocolos da CBF. Após os testes, a equipe voltará para casa cumprindo o isolamento social e as normas impostas pelo clube. Em São Paulo, o clube ficará em um hotel, chegarão no dia 29, um dia antes do jogo, e retornarão no dia 31, um dia após o jogo.

Preocupação

O Brasil é o segundo país com mais casos e mortes de COVID no mundo. Com isso, a volta do futebol no Brasil em geral foi polêmica.

A CBF formulou um protocolo com medidas que visam a proteção dos atletas e de todos que participam de atividades durante o uso dos estádios, determinaram um número máximo de profissionais de cada função que envolve as partidas,como as delegações dos clubes, imprensa, segurança e outros serviços.

Segundo o infectologista Julival Ribeiro, mesmo com todos os cuidados sendo tomados, os riscos de contágio ainda são consideráveis. Para ele, o retorno das atividades esportivas é bem complexo, afinal, durante os treinos e jogos, os atletas têm contato. “Sabemos que os testes nem sempre são confiáveis. Então, todos os envolvidos no retorno dos esportes, possuem um risco de contágio, e é essencial que, no âmbito do futebol, a CBF venha a cumprir com todos os protocolos estabelecidos previamente ao retorno das atividades”.

Já infectologista Joana D’Arc Gonçalves acredita que a volta do futebol é importante para trazer de volta uma certa “normalidade”, mas alerta para os cuidados que devem ser tomados. “A situação no Brasil é critica, mas precisamos manter uma certa normalidade, e o esporte é fundamental, principalmente para os brasileiros para manter até a saúde mental. Não é possível abrir os estádios para a população em geral, mas em relação aos jogadores desde que se faça a testagem e tomem todos os cuidados é possível jogar. Isso exige uma ação de grande responsabilidade para monitorar as jogadoras e jogadores para que elas não entrem em campo assintomáticas e espalhem o vírus.”.

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