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Ex-membro da organização da Olimpíada de Tóquio é preso por suspeita de corrupção

Takahashi é acusado de ter recebido, no total, 51 milhões de ienes, algo equivalente a R$ 1,9 milhão

Redação Jornal de Brasília

17/08/2022 13h03

Foto: Andrej Isakovic/AFP

Um ex-integrante do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio foi preso nesta quarta-feira por suspeita de corrupção. O japonês Haruyuki Takahashi, de 78 anos, foi detido porque teria recebido propina da empresa Aoki Holdings Inc., famosa loja de roupas no Japão, que foi escolhida de forma surpreendente para ser um dos patrocinadores da Olimpíada disputada no ano passado.

Takahashi é acusado de ter recebido, no total, 51 milhões de ienes, algo equivalente a R$ 1,9 milhão. O dinheiro teria sido depositado com regularidade na conta bancária de sua empresa entre outubro de 2017 e março deste ano. E o Ministério Público japonês acredita ter uma relação entre os depósitos e o patrocínio da Aoki aos Jogos.

Além de Takahashi, foram presos nesta quarta mais três funcionários de empresas ligadas ao caso. Entre eles está Hironori Aoki, ex-diretor e um dos fundadores da empresa que leva seu sobrenome. A Aoki se tornou um dos patrocinadores oficiais dos Jogos de Tóquio em outubro de 2018. Na sequência, virou a fornecedora dos uniformes oficiais da delegação japonesa na Olimpíada, o que também surpreendeu o mercado porque as principais equipes do mundo contavam com marcas consagrados no mercado esportivo.

O japonês começou a trabalhar no Comitê Organizados dos Jogos em junho de 2014, um ano após Tóquio ser escolhida como a sede da Olimpíada e da Paralimpíada. Com longa trajetória na Dentsu, famosa agência de publicidade, Takahashi era considerado como um dos principais articuladores do comitê na busca por patrocinadores. Teria levantado cerca de US$ 3 bilhões (R$ 15,3 bilhões) em patrocínio para os Jogos.

Procurada, a Aoki disse que ainda estava analisando a situação. O Comitê Olímpico do Japão não foi encontrado para comentar o caso. De acordo com a imprensa japonesa, Takahashi negou qualquer ato de corrupção e destacou que apenas foi pago por trabalhos de consultoria.

O suposto caso de corrupção, que já era alvo de rumores há vários meses, pode acabar com as pretensões do Japão de sediar os Jogos Olímpicos de Paralímpicos de Inverno de 2030. O país quer receber o evento na cidade de Sapporo.

Estadão Conteúdo

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