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CBF manda secretário-Geral para responder pela entidade na CPI da Chapecoense

Já o advogado das famílias, Marcelo Camilo, revelou que o dinheiro doado à Chapecoense nunca chegou às famílias das vítimas da tragédia

Redação Jornal de Brasília

18/02/2020 18h13

Foto: Divulgação/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Chapecoense ouviu, nesta terça-feira (18), o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, representando o presidente Rogério Caboclo e Rodrigo Ernesto de Andrade, sócio da Off Side Logística, empresa apontada como suposta intermediária na aproximação da empresa aérea boliviana LaMia com as entidades do futebol brasileiro e sul-americano.  A Comissão foi presidida pelo senador Jorginho Melo e tem relatoria do senador Izalci Lucas. 

Para o secretário, a entidade fez tudo o que poderia ter feito na ocasião. “Criamos um gabinete de crise para cuidar da situação. Fornecemos todo o apoio possível tendo em vista que o ocorrido se deu fora do país. Prestamos apoio médico aos sobreviventes, financeiro, uma vez que oferecemos uma doação de R$ 5 milhões à Chapecoense, e conseguimos o deslocamento dos corpos pelos aviões da FAB, sempre no intuito de melhorar a angústia e o sofrimento impensável das pessoas envolvidas na tragédia”, afirmou.

Já o advogado das famílias, Marcelo Camilo, revelou que o dinheiro doado à Chapecoense nunca chegou às famílias das vítimas da tragédia. “Foi dito que esse dinheiro seria doado às famílias, mas a CBF não disse como era para ser feito isso. A Chapecoense recebeu esse dinheiro e simplesmente partilhou da forma como achou que deveria, até mesmo porque a Chapecoense também é vítima”, disse o advogado.

Tradutor sim, intermediário não – Representante da Off Side Logística negou que a empresa tenha participado da logística aérea da Chape ou de qualquer time brasileiro. Segundo Rodrigo Andrade, a empresa trabalha apenas com a logística terrestre ou receptiva. “A nossa empresa planeja a execução de todo o passo a passo do clube, a partir do momento em que ele chega à cidade até a hora em que ele vai sair, dentro ou fora do Brasil”, esclareceu. No entanto, Andrade disse que participou das tratativas com a LaMia, a pedido do supervisor de futebol da Chapecoense, que morreu na queda do avião, Emerson Di Domenico, o Chinho, pelo fato de ser fluente no espanhol, principalmente. “Volto a repetir, a gente nunca participou de nada de aéreo do clube. Me coloquei à disposição, como agente receptivo do clube e que, a partir daquele momento, iria ajudar nas tratativas, principalmente pelo espanhol”, explicou.

Ao avaliar a reunião, Izalci disse que a investigação está caminhando bem. “A CBF deixou claro que fez o que foi possível, e pretende continuar contribuindo com a associação das vítimas. Além disso, se prontificou a participar das próximas reuniões”, ressaltou. Segundo ele, o próximo encontro está marcado para o dia 3 de março, para ouvir os representantes da Agência Nacional de Aviação – Anac, da Superintendência de Seguros Privados – Susep, da Subsecretaria de Previdência Complementar do Ministério da Economia, da AON Corretora de Seguros Ltda. e da Tokio Marine Seguradora S.A.

Também estiveram na reunião os integrantes da CBF, Marcelo Aro – Diretor de Relações Institucionais e Reynaldo Buzzoni, Diretor de Registro.

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