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Bolsa Atleta: reajuste dá mais ânimo aos atletas

Esportistas comemoram maior valor a ser pago pela Secretaria de Esporte

Petronilo Santa Cruz de Oliveira Neto

05/03/2020 5h44

Elianay Barbosa e Caio Bondim representam o Brasil na proxima edicao do Pan-americano, em Lima, Peru. A marcha atletica e um dos destaques do atletismo brasileiro. Sobradinho. 12-07-2019. Foto: Vitor Mendonca/Jornal de Brasilia

Os atletas olímpicos cadastrados no Programa Bolsa Atleta do Distrito Federal ganharam um incentivo a mais para os treinamentos e para disputarem competições. A Secretaria de Esporte e Lazer vai reajustar os valores do benefício em até 93%. Atualmente, o órgão paga, mensalmente, valores de R$ 183 a R$ 3.315. Com a nova tabela, passarão de R$ 354 a R$ 6.400. A portaria com essa alteração será publicada nos próximos dias.

O reajuste é uma pauta antiga dos atletas. A medida tomada pela Secretaria de Esporte e Lazer, junto à Secretaria de Economia, está dentro das metas prioritárias do Governo do Distrito Federal, que tem revelado talentos em diversas modalidades.

Aos 35 anos de idade e há vinte na marcha atlética, a brasiliense Elianay Barbosa elogia a notícia.

“Acho muito importante, significativo. Há muito tempo que a bolsa não é reajustada né? Ela serve para a gente investir no nosso treinamento, em nossas competições. O Bolsa Atleta em si é um programa magnífico. Brasília fez antes que o Governo Federal. É um valor direto que cai na conta do atleta, então ele pode comprar aquilo que ele está precisando de imediato”.

No entanto, ela e outros atletas ainda aguardam para saber o valor real. “A gente não tem a tabela ainda dos valores, o quanto será de fato para cada atleta o aumento”, diz a competidora.

Elianay Barbosa dá exemplos práticos de como é importante o Bolsa Atleta na modalidade em que ela pratica.

“Faço atletismo; de repente, é um tênis que preciso comprar com urgência para uma competição que aparece. Ou um suplemento, preciso completar uma diária de hotel, passagem. É um auxílio diretamente naquilo que o atleta precisa, pois é ele quem vai administrar o recurso. Vai diretamente na necessidade emergencial”, detalha a competidora.

No Dia das Mulheres, ela em Lima, no Peru, nos Jogos Sul-Americanos de Marcha Atlética. “Vou em busca de melhorar minha marca para subir no ranking e ir em busca da sonhada vaga olímpica”.

Aos 14 anos, Bianca brilha no judô

Ao contrário de Elianay, que está na luta para ir aos Jogos de Tóquio, mas vem enfrentando problemas devido a cancelamentos de eventos por conta do coronavírus, vem uma representante da base do esporte brasiliense: a judoca Bianca Reis, que tem apenas 14 anos. Como está em início de carreira, a adolescente não conta com patrocínio. Só incentivo da família.

Bianca Reis Judoca brasiliense

Com isso, a judoca explica: “Todo o recurso recebido pelo programa é usado para ajudar a custear os gastos que temos com o esporte. Esse aumento vai ser muito bem-vindo. Só para ter uma noção de como é caro ser uma atleta de alto rendimento, vou dar um exemplo de um circuito que temos durante o ano. Ele se chama circuito europeu. A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) participa em média de quatro etapas por ano. Cada uma custa na média de R$ 12 mil”.

Ela ainda fala sobre o apoio do Programa Compete Brasília, também da Secretaria de Esportes. “Com a ajuda dele, que nos fornecem as passagens, conseguimos diminuir esse valor pela metade. Mas mesmo assim ainda fica muito caro. Além disso, ainda temos as competições nacionais, os gastos com academias, materiais esportivos, alimentação, suplementação e muitos mais. Enfim, não é fácil. Como eu falei na cerimônia dos atletas contemplados no programa bolsa atleta, em janeiro, é muito difícil uma atleta de base, que é o meu caso, arrumar um patrocínio que vá arcar com essas despesas. Então contamos muito com a bolsa atleta para nos mantermos na elite do esporte nacional”.

Bianca Reis completa: “Em nome de todos os atletas do Distrito Federal, gostaria de agradecer ao GDF em nome do nosso secretário de esporte e lazer, Leandro Cruz, por todo apoio, incentivo e valorização dados a nós atletas. Podem ter certeza que estamos treinando muito forte para trazer sempre o melhor resultado para a nossa cidade e também para o nosso país”, disse a jovem de apenas 14 anos com grande futuro no judô.

Chance de seguirem no esporte

A brasiliense Elianay Barbosa também comenta sobre a questão de que o aporte financeiro beneficiará atletas nos mais diversos patamares. Segundo a marchadora, o Programa Bolsa Atleta da Secretaria de Esporte e Lazer do DF ajuda para que cada competidor atinja o patamar desejado.

“A gente investe bastante no esporte, desde a modalidade Estudantil até a Olímpica. Cada um almeja novas competições, novos desafios. O atleta que é de Brasília quer chegar num Brasileiro, depois quer ganhar o Brasileiro; outro quer chegar no Sul-Americano, no Pan-Americano; outros querem chegar nas Olimpíadas. Cada um tem um desafio. Quem está em cima, quer se manter. Enfim, eu fiquei muito feliz ao saber da notícia”, completou.

“Essa é uma grande conquista para todos os atletas da cidade. Queremos cada vez mais proporcionar aos nossos esportistas garantias e condições para que cada um possa se desenvolver e realizar seus sonhos”, destacou o secretário Leandro Cruz.

Entenda

O Bolsa Atleta Olímpico conta com seis categorias de incentivo: estudantil, estadual, nacional, internacional, olímpico B e olímpico A. Atualmente estão contemplados 136 atletas ao um custo mensal de R$ 67.285,80. Após o reajuste, chegará a R$ 129.914,04. A Secretaria de Esporte e Lazer do DF tem a meta de chegar a este ano com 146
beneficiados.

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