Menu
Torcida

Bate-papo; polêmica e tristeza

Entrelinhas desta segunda traz entrevista com Tarta, destaque do Gama desde o ano passado. O meia estreou na temporada com dois gols e uma assistência

Redação Jornal de Brasília

27/01/2020 14h51

Destaque gamense nas últimas temporadas, Tarta foi emprestado ao Juventude/RS até o fim do ano. Foto: Gabriel L. Mesquita/SE Gama

Por Olavo David Neto e Petronilo Oliveira
[email protected]

O campeonato candango voltou neste fim de semana e tivemos alguns placares elásticos, como o 4 x 0 que o Real Brasília fez no Formosa. O Gama venceu o Taguatinga, por 5 x 2. Não foi goleada, mas também chamou a atenção o experiente meia Marcos Aurélio, do Brasiliense, que fez os dois gols do Brasiliense frente ao Sobradinho, sendo o segundo um golaço.

E a coluna Entrelinhas desta segunda-feira (27) traz uma conversa com o meio-campista e xodó da grande e apaixonada torcida do Gama desde o ano passado, e que no sábado deu uma bela amostra do que está por vir neste ano de 2020. Tarta fez dois gols, em cobranças de falta com muita categoria, mostrou estar com o pé calibrado e a mesma raça de 2019.

Entrelinhas: Você vinha treinando cobrança de faltas mesmo nas férias? Como foi o reencontro com a torcida do Gama?

Tarta: Gosto de treinar chutes de fora da área sem barreira sempre, depois do treino. O reencontro com a torcida foi maravilhoso. Estava sentindo falta desse ambiente maravilhoso, que tem no Bezerrão.

Entrelinhas: O que você conversou com o resto do elenco e comissão técnica depois do jogo? O que pode melhorar tanto pro Candangão quanto pra Série D do Brasileiro?

Tarta: Precisamos ter atenção durante os 90 minutos de jogo. Desligamos um pouquinho no segundo tempo e acabamos tomando um sufoco. Mas é foco total. Isso serve como aprendizado para a gente. Chegaremos cada vez mais fortes em todas as competições que formos disputar.

Entrelinhas: Você recebeu alguma sondagem ou proposta pra jogar no Brasiliense?

Tarta: Recebi

Entrelinhas: E o salário era maior?

Tarta: Prefiro não comentar sobre isso.

Entrelinhas: Mas o que o fez tomar a decisão de seguir no Gama?

Tarta: O carinho da torcida, a identificação que tenho. Foi aqui que me deram oportunidade no futebol. Mesmo com 27 anos, aqui foi onde tive mais sequência de jogos.

Entrelinhas: E como você vê o Gama desse ano? Ainda melhor que o do ano passado devido ao entrosamento?

Tarta: A equipe está forte devido ao fato de ter ficado boa parte do ano de 2019.E as peças que chegaram são jogadores de muita qualidade.

Entrelinhas: Dá pra ser bi do Candangão e subir pra Série C?

Tarta: Vamos trabalhar para isso acontecer

Entrelinhas: Como é a relação do elenco com a diretoria?

Tarta: A relação é muito boa. São excelente profissionais e e querem o melhor pro clube.

Entrelinhas: Você já se considera ídolo da torcida?

Tarta: Não. Ainda tenho que fazer muita coisa

Entrelinhas: Por que o Tarta evoluiu tanto depois que chegou no Gama?

Tarta: O professor Tadei dá liberdade pra jogarmos. O professor Ricardo (Antônio) também foi importante. No Gama, eu tive oportunidades de jogar. E junta o fato de estar em um clube com uma torcida grande e apaixonada faz a gente querer evoluir ainda mais. A vontade de dar alegria pra torcida só te motiva cada vez mais.

Entrelinhas: Você jogaria por outro time no Distrito Federal?

Tarta: Eu não sei. Só sei que enquanto o Gama me quiser, estou por aqui

Torcida tem Tarta como um dos principais atletas do elenco. Foto: Gabriel Lopes Mesquita/SE Gama

Luto

Além do craque e do ser humano espetacular que é (ou foi), Kobe Bryan tinha uma relação com os brasileiros. Tido como um dos maiores jogadores da história da NBA, Kobe Bryant, que morreu na tarde deste domingo aos 41 anos em um acidente de helicóptero na Califórnia, nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos, mas pode-se dizer que o Brasil também guardava um lugar especial em seu coração. Pentacampeão da liga americana de basquete e bicampeão olímpico, o Black Mamba tinha um carinho pelo país através da relação que construiu com algumas das estrelas do esporte brasileiro.

A principal delas é Oscar Schmidt, com quem ele tinha uma relação de idolatria e amizade. O ex-jogador americano se mudou para a Itália com a família ao seis anos, já que o pai deixou a NBA para jogar na Europa. Por lá, Joe Bryant jogou contra o Mão Santa, que defendeu dois times, o Juvecaserta e o Pavia, e se tornou um dos ídolos da liga italiana, ganhando rapidamente um novo fã. O pequeno Kobe teve a oportunidade de conhecer Oscar.

Foi também na época em que morou na Itália que Kobe passou a torcer por clube local, o gigante Milan. Ele declarou, inclusive, que se tivesse ficado mais tempo por lá, teria tentado ser jogador de futebol profissional. Ele é, declaradamente, fã do craque Ronaldinho Gaúcho, que é seu amigo de longa data e falou em uma entrevista. “Vou contar a história. Há muito tempo, o Barcelona veio a Los Angeles. Ronaldinho, que é um bom amigo meu, estava conversando comigo e falou: “Kobe, vou te apresentar ao rapaz que será o melhor jogador de todos os tempos. Eu falei: ‘Você vai o quê? Você é o melhor’. Mas ele me disse: “Não, não. Aquele garoto ali será o melhor”, em referência a Lionel Messi.

Adeus, Bryant! Foto: Greg Baker/ AFP

Neste domingo (26), Neymar fez uma homenagem ao Black Mamba com uma comemoração de um gol de pênalti diante do Lille mostrando o número 24, usado por Kobe, juntando as mãos em oração e apontando para o céu.

Profissionalismo ou desrespeito?

“Futebol é a paixão nacional”. Essa frase é bem clichê e pode gerar um englobamento aos não amantes do planeta bola. Entretanto, muitas pessoas não entendem que ser jogador de futebol é uma profissão e se revoltam quando alguém que jogou no time do seu coração comemore ao fazer gol contra a equipe que você torce. “Traíra, ainda comprei camisa com o nome dele”. São algumas dessas frases que dizem os torcedores, para sermos bem educados e não usarmos palavrões.

O assunto voltou à tona quando, na última sexta-feira, o atacante Pedro, revelado pelo Fluminense, foi contratado por empréstimo da Fiorentina, dona do passe dele. Ao ser apresentado pelo Rubro-Negro carioca, o centroavante não titubeou ao ser questionado se vai comemorar caso faça com gol contra o ex e rival Flu: Claro! A reverência (comemoração) é minha marca”.

A matéria gerou, em poucos minutos, diversos comentários nas redes sociais. Vários criticando o atleta: “mercenário”, “fracassado”, “Meia boca esse queixudo”, “mostra que não tem consideração pelo clube que o formou”. Outros da parte de flamenguistas provocaram os tricolores: “deve ser difícil ser tricolor”, “recalcados”, “Deixo aqui os parabéns ao Fluminense, que está com os salários em dia, contratações pontuais e trabalhando quietinho. Estamos em oto patamar”. Ou seja, já está rolando um Fla x Flu em 2020, antes mesmo de eles entrarem em campo.

Se a Entrelinhas fosse citar todos os jogadores que viraram a casaca, você só terminaria de ler a coluna lá pelos anos 3000. Deixe sua opinião sobre se é a favor ou contra a comemoração.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado