Ex-representante da família Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato pelos crimes peculato e lavagem de dinheiro. A denúncia, realizada nesta sexta-feira (25), é resultado da operação E$quema S, que apura um suposto esquema de tráfico de influência com escritórios de advocacia.
A denúncia aponta movimentações suspeitas de recursos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). Wassef teria recebido R$ 4,4 milhões de um escritório de advocacia.
De acordo com a Lava Jato, houve contratações com escopo consensual falso. O ex-presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, teria contratado Wassef para investigações internas.
Além de Wassef, outras quatro pessoas foram denunciadas. São elas:
- Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ
- Marcelo Cazzo, empresário que teria apresentado Wassef aos outros denunciados
- Luiza Nagib Eluf, proprietária do escritório que teria repassado R$ 4,4 mi a Wassef
- Marcia Carina Castelo Branco Zampiron, advogada
E$quema S
A operação, deflagrada pela primeira vez no dia 9 de setembro, mira escritórios de advocacia. Representantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin e Roberto Teixeira foram alvos de busca e apreensão. Eduardo Martins, filho do atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, também recebeu visita de agentes.
Veja a denúncia na íntegra.