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Política & Poder

Ibaneis promete processo a servidor da Saúde que não ajudar paciente

Arquivo Geral

07/01/2019 13h00

Foto: Raianne Cordeiro

Jéssica Antunes
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) não quer que pacientes voltem para casa sem atendimento médico. Durante solenidade de assinatura do decreto que coloca a Saúde da capital sem estado de emergência, ele prometeu abrir processo administrativo contra servidores que não ajudarem pacientes nas unidades do Distrito Federal. A ordem é contribuir para que todos sejam atendidos: “não custa nada pegar o telefone e descobrir onde a pessoa pode conseguir auxílio”, diz.

“Não vamos mais mandar ninguém para casa. O pior sentimento é o de estar desamparado, não conseguir onde cuidar da sua família. Eu vi, nessa campanha, coisas horríveis. Não dá para as pessoas estarem largadas nos corredores esperando cirurgia há anos e ninguém faz nada. Não assumi pra ser governador omisso. Vou dar condições, mas cobrar resultados”, anunciou.

A orientação é que os servidores somente mandem um paciente de um hospital para outro quando houver certeza de na outra unidade o atendimento será garantido. Ele disse contar com “sacrifício extraordinário” para que seja possível tirar a Saúde “do caos” e minimizar o sofrimento da população.

“Vou precisar de envolvimento do servidor. A partir do momento que mandar para outro hospital sabendo que pode não ser atendido vou abrir processo administrativo contra o servidor. Ele tem a responsabilidade de entregar saúde na mão das pessoas ou no mínimo condições. Não vou aceitar desumanidade. Esse nível de comprometimento eu vou cobrar pessoalmente”, disparou.

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Estado de emergência
Nesta segunda-feira (7), o gestor assinou o decreto que determina estado de emergência na saúde da capital. Isso autoriza contratações sem licitação. Serão investidos R$ 10 milhões para contratação e pagamento de horas extras para abrir o chamado “terceiro turno” da saúde, com procedimentos noturnos e “trazer novamente a saúde para uma condição que ela pode se gerir de forma natural”.

“Todos os governos que passaram fizeram contratos emergenciais e não deram conta de dar o passo seguinte. A intenção é que esse seja efetivamente emergencial”, disse o governador. O prazo é de seis meses para organizar a casa e atacar em diversas frentes. “Recurso não nos falta, o que falta é um choque de gestão”, apontou.

Divulgação/GDF

Além da contratação de horas extras aos profissionais de saúde, servidores aposentados poderão ser recontratados. Eles devem fortalecer as equipes que farão os mutirões de cirurgias. A contrapartida oferecida é gratificação. O bônus seria de R$ 8 mil por 20 horas de trabalho semanais. O valor é similar ao que já é pago, atualmente, aos médicos recém-contratados na rede pública.

Também estão previstas obras para abertura de leitos e de salas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, o emedebista prometeu reabrir postos de atendimento e melhorar os salários dos servidores com objetivo de melhorar a prestação de serviço.

No esquema transversal, a Secretaria de Obras fará reforma de salas de cirurgia e a reabertura de quase mil leitos. A Secretaria de Cidades, por sua vez, fará mobilização para vacinação. Com isso, o governo espera reorganizar e reduzir filas de atendimento, especialmente para cirurgias. Apesar de os números serem imprecisos, estima-se 18 mil pacientes a espera de operação ortopédica.

 

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