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Brasília

SOS Saúde: mutirão de cirurgias começa com casos urgentes

Arquivo Geral

07/01/2019 13h30

Hospital de Base. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Os primeiros beneficiados pelo SOS Saúde serão os pacientes que aguardam internados por cirurgias urgentes nos hospitais. Lançado oficialmente nesta segunda-feira (7) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), o subprograma do SOS DF promete findar as filas de procedimentos cirúrgicos na capital. Aqueles que aguardam em casa a oportunidade de operar eletivamente serão reconvocadas para análise pessoal. Exames podem ser refeitos para ajustar a nova lista de regulação.

A ideia inicial era priorizar aqueles que estão na fila há mais tempo. No entanto, segundo Ibaneis, a prioridade tem que ser tirar dos corredores dos hospitais aqueles pacientes que estão em sofrimento. Não existe um número fechado de pacientes que aguardam por procedimentos. Eles estão divididos em filas de clínicas espalhadas por todo o DF. Somente na área ortopédica, a estimativa é que mais de 18 mil aguardem por operações, mas não existe um número fechado da lista de espera.

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“Dos que aguardam em casa, muitos estão com exames vencidos e terão que refazê-los para colocar novamente em uma fila passível de ser controlada e realizada efetivamente”, informou o governador. Convênios também serão feitos com a rede privada e com o Instituto do Coração (Incor), que volta a realizar cirurgias cardíacas e transplante de medula óssea a partir desta segunda.

Foto: Raianne Cordeiro

Osnei Okumoto, secretário de Saúde, explica que a nova fila do sistema de regulação permitirá que toda a população acompanhe a realização das cirurgias. Antes, porém, é preciso garantir a validade dos exames pré-operatórios e agendamentos acontecerão o quanto antes. “Muitas das pessoas já fizeram cirurgia e continuaram na lista, se mudaram ou até precisam de exames mais específicos. É preciso ser transparente para que pessoas não falem que estão sendo furadas nas filas”, alertou.

De acordo com ele, respostas de cirurgiões e equipes técnicas são suficientes para garantir o início dos trabalhos.”Precisamos observar nossas condições de atendimento e dar condições para que possamos atender todos os pacientes das filas. Se não houver condições no futuro, analisaremos a possibilidade de realizar na rede privada”, explicou o gestor.

Estado de emergência
Nesta segunda-feira (7), o gestor assinou o decreto que determina estado de emergência na saúde da capital. Isso autoriza contratações sem licitação. Serão investidos R$ 10 milhões para contratação e pagamento de horas extras para abrir o chamado “terceiro turno” da saúde, com procedimentos noturnos e “trazer novamente a saúde para uma condição que ela pode se gerir de forma natural”.

Além da contratação de horas extras aos profissionais de saúde, servidores aposentados poderão ser recontratados. A Secretaria de Obras fará reforma de salas de cirurgia e a reabertura de quase mil leitos. A Secretaria de Cidades, por sua vez, fará mobilização para vacinação. Com isso, o governo espera reorganizar e reduzir filas de atendimento, especialmente para cirurgias. Apesar de os números serem imprecisos, estima-se 18 mil pacientes a espera de operação ortopédica.

Modelo de instituto
Criticado durante a campanha eleitoral, o modelo de gestão do Instituto Hospital de Base (IHB) agora deve ser ampliado e verticalizado – da saúde básica até as áreas mais especializadas. “Critiquei muito. Não o instituto em si, mas a transparência do modelo. Agora, conhecendo entendo que deve se espraiar para toda a saúde do DF. Não podemos ter ilhas de excelência, é preciso atender a toda a população”, apontou o governador.

A intenção é que, com mais transparência de contratações, modelos sejam ampliados às demais unidades da capital. “O instituto tem modelos muito bons, principalmente no que diz respeito à gestão de pessoas e cirurgias. Esses serão estendidos”, disse. Já no início da instituição está a questão de cadastramento de informações a partir de informatização. Na sexta-feira (4), foi feito um contrato emergencial para ampliar o projeto.

 

 

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