A CPI da Covid no Senado ouve, nesta quarta-feira (12), o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten. O ex-secretário respondeu sobre declarações feitas anteriormente, onde criticou a gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.
Perguntado pelo relator da CPI, Renan Calheiros, sobre o porquê de a equipe comandada por Pazuello ter sido incompetente, conforme disse à revista Veja, Wajngarten respondeu que “a incompetência é ficar refém da burocracia”. “Acho que a burocracia, a morosidade na tomada de decisões, que é característica da administração pública é um problema nos casos excepcionais como o da pandemia”, opinou o ex-secretário.
Wajngarten exemplificou, dizendo que a incompetência se dá porque o governo federal teria sido lento em algumas ações, como em responder a Pfizer quando a farmacêutica ofereceu doses de vacina contra a covid-19 no ano passado. “A mera não-resposta da carta, o não-retorno na velocidade adequada… Em meio a uma pandemia, a gente precisa se reinventar e criar um ambiente que possibilite salvar cada uma das vidas.”
Wajngarten disse ainda ter lamentado a saída de Nelson Teich do Ministério antes de Pazuello assumir a pasta. “Eu entendi que ele [Pazuello] ocupou um espaço diante da saída do Dr. Teich. Eu lamentei muito a saída do Dr. Teich, que é um médico técnico, preparado. Adoraria que a gente tivesse um médico na pasta, adotaria que a gente caminhasse de forma mais tranquila.”
O ex-secretário, contudo, elogiou Pazuello quanto à “coragem” de assumir o Ministério. “O ex-ministro Pazuello foi corajoso de assumir uma pasta no pior momento da história do Brasil e talvez no pior momento da história do mundo”, declarou.