Durante depoimento na sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (12), no Senado, o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten evitou falar diretamente contra o presidente Jair Bolsonaro, o que irritou o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).
Perguntado sobre o impacto das declarações de Bolsonaro contra a vacinação para combater a covid-19, Wajngarten não respondeu de forma objetiva. Chegou a falar que as falas impactam, mas que o impacto em si seria um conjunto de fatores e que cada público-alvo recebia de uma forma.
Renan, então, insistiu para que Wajngarten fosse objetivo, e o ex-secretário continuou por se esquivar. Em determinado momento, o depoente chegou a dizer que as perguntas sobre Bolsonaro deveriam ser feitas ao próprio presidente. Omar Aziz interrompeu e disse que Wajngarten, na posição de testemunha, não poderia falar aquilo.
Wajngarten se atrapalhou nas próprias declarações. Chegou a dizer que concordava com Bolsonaro quando o presidente falou em ser o último brasileiro a se vacinar. Depois, negou.
A falta de objetividade dos depoentes costuma deixar tenso o clima na sessão. O mesmo ocorreu na semana passada com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os senadores falam até em convocar Queiroga novamente para que ele seja mais claro nas respostas.
Em outro momento, o senador Marcos Rogério interrompeu Renan quando o relator perguntou quem comandava as contas oficiais de Bolsonaro nas redes sociais. Wajngarten, depois, respondeu que é o próprio Bolsonaro quem tem o controle.
A sessão com Wajngarten continua. Assista ao vivo: