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Política & Poder

Vice de Bolsonaro, General Mourão vota em Brasília

Arquivo Geral

28/10/2018 13h35

General Mourão confia em uma vitória de sua chapa com Bolsonaro/Foto: Beatriz Castilho

Beatriz Castilho
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O candidato à vice-presidência pela chapa de Jair Bolsonaro (PSL), General Mourão (PRTB), chegou sozinho para votar, na Escola Classe da Vila do RCG, no Setor Militar Urbano, por volta das 9h15. Recebido por pedidos de fotos, distribuiu sorrisos e mostrou confiança, arriscando uma vitória com placar “60% contra 40%.

A recepção durou cerca de três minutos, tempo utilizado para que o candidato afirmasse que esse é o “novo Brasil”. Amigável com a imprensa, brincou: “dormiram aqui?”. Ele deixou a conversa com os jornalistas para depois do voto. Em um colégio eleitoral vazio, a seção do general não foi diferente, e, rapidamente, em 9 segundos, fez a escolha e posou para fotos.

Assegurando confiança na eleição do candidato do PSL, o general disse que não acredita em uma virada do PT. “Toda pesquisa tem margem de erro, com aqueles 95% de probabilidade, e nela tivemos 55%. Por isso estou falando que será 60% contra 40%, não vai mudar”.

General Mourão faz referência aos resultados do Ibope e Datafolha divulgados na tarde do último sábado (27). Calculando vitória do candidato do PSL – com, respectivamente, 54%, contra 46% de Haddad, e 55%, contra 45%, dos votos válidos. Apesar do resultado, as pesquisas revelaram queda na diferença entre os dois presidenciáveis.

“A eleição é uma disputa, então ninguém pode entregar os pontos. Mas o outro partido tem que lutar, dentro das regras, para buscar a vitória dele”. E, independente do resultado das urnas, Mourão afirma: “Amanhã todo mundo continua trabalhando em seus locais”.

Trabalho

Aliás, o tema “trabalho” foi protagonista na fala do vice de Bolsonaro. Em uma possível vitória, a economia, de acordo com o general, será prioridade do governo – apontando a reforma da previdência como um “grande passo”. “Precisamos botar o pessoal para trabalhar, tem muita gente sem trabalho e outros sub-empregados”, afirmou, sem comentários sobre como seria estimulada a criação de empregos.

Adotando um tom sereno, o discurso vai na contramão da palestra gerida no Clube dos Dirigentes Lojistas de Uruguaiana, no interior do Rio Grande do Sul, há pouco mais de um mês. Na situação, Mourão afirmou que o “13º salário era uma mochila nas costas de todo empresário”. Fato que voltou à ser afirmado pelo general, em uma declaração no aeroporto de Congonhas, São Paulo.

Ainda hoje, o general embarca em um voo, às 15h30, para o Rio de Janeiro, oara acompanhar a apuração das urnas na casa de Jair Bolsonaro. E, mesmo com toda polarização, o general afirma: “mesmo com opiniões diferentes, vamos manter o país unido, mas a eleição mostra que uma opinião é majoritária”.

Carreira militar

Assim como o presidenciável, que é capitão, Antônio Hamilton Martins Mourão trilhou carreira na área militar. Porto-alegrense, nascido em 15 de agosto de 1953, entrou para a carioca Academia Militar das Agulhas Negras – mesma base do Bolsonaro -, ainda na ditadura, aos 19 anos. Passando por missão de Paz em Angola, foi adido militar do Brasil na Venezuela, até chegar ao posto de general.

Além de compartilhar a base militar, Bolsonaro e Mourão são admiradores confessos de Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel, que, na ditadura, foi chefe da DOi-Codi. O local, de acordo com a Comissão Nacional da Verdade, foi responsável pelo desaparecimentos de presos políticos e 45 mortes.

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