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Política & Poder

Rodrigues: nova projeção do PIB influencia relatório de receitas e despesas

Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia reforçou a necessidade de ajustar as contas públicas brasileiras

Willian Matos

12/07/2019 11h34

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que os números do relatório bimestral de receitas e despesas, que serão divulgados no dia 22, serão “condizentes e coerentes” com os novas projeções econômicas divulgadas pela equipe econômica nesta sexta-feira, 12.

Nesta sexta, a equipe econômica divulgou nova estimativa para o crescimento do PIB neste ano, que passou de 1,6% em maio para 0,81% agora. Rodrigues lembrou que essa redução impacta as projeções do relatório, principalmente as de receita. É no relatório que o governo indica se será necessário contingenciamento adicional nas despesas públicas.

O secretário reforçou a necessidade de ajustar as contas públicas brasileiras. “Política social só é permanente e efetiva se tivermos fiscal bem embasado”, completou.

Reforma tributária

Rodrigues disse que “muito brevemente” o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, farão divulgação sobre a reforma tributária. “A reforma tributária terá impacto substancial e permanente na economia”, afirmou. 

Rodrigues ressaltou que tanto as mudanças tributárias como na Previdência afetam o PIB potencial brasileiro, tendo a última impacto de 0,5 ponto porcentual de crescimento adicional do PIB por ano.

O secretário lembrou que a discussão da reforma da Previdência está avançando e afirmou que as mudanças possibilitarão ao País entrar em um novo patamar fiscal. “Arrumar o fiscal é ajeitar a casa para seguir com outras medidas. Trabalhar em redução de despesa da Previdência é nosso primeiro grande dever de casa”, afirmou. 

Ele também ressaltou a política creditícia e citou medidas que vêm sendo tomadas pelo Banco Central para estimular o “open market” e disse que o crédito como porcentual do PIB é relativamente baixo no Brasil. 

“Vivemos momento único de interface entre política fiscal, creditícia e monetária. Teremos mais à frente capacidade de coordenação de políticas com BC, respeitando sempre a autonomia”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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