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Política & Poder

“Quem cala confirma”, diz Calheiros sobre Bolsonaro

Desde a última terça-feira (22), quando os irmãos falaram pela primeira vez sobre o caso, Bolsonaro não comentou sobre o caso

Geovanna Bispo

28/06/2021 17h28

Renan Calheiros

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Em publicação em redes sociais, o senador e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Renan Calheiros (MDB-AL) disse que “o presidente se cala e quem cala confirma” sobre suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na compra da vacina indiana Covaxin.

Na última sexta-feira (25), o deputado Luís Miranda e seu irmão Luís Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, denunciaram à Comissão possíveis erros no contrato do imunizante. Os irmãos ainda confirmaram que comunicaram a Bolsonaro sobre a situação e que ele prometeu que investigaria.

Desde a última terça-feira (22), quando os irmãos falaram pela primeira vez sobre o caso, Bolsonaro não comentou sobre o caso, mesmo após Luís Miranda afirmar em depoimento que o nome que o próprio presidente havia relacionado como possível responsável pelo esquema de irregularidades ter sido seu próprio líder na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).

Luís Ricardo Miranda é chefe de Importação do Departamento de Logística do ministério e, durante todo o processo de análise de processo, disse ter sofrido pressões por parte da empresa intermediaria, Precisa Medicamentos, e até de seus próprios superiores.

Notícia-crime

Também nesta segunda-feira (28), o senador e vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou uma notícia-crime contra Bolsonaro ao Superior Tribunal Federal (STF) por prevaricação na compra dos imunizantes.

“Protocolei no Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime por conta da grave denúncia envolvendo o presidente da República, de que não tomou nenhuma providência diante de ter sido noticiado da existência de um gigantesco esquema de corrupção existente no Ministério da Saúde”, disse o Raldolfe em vídeo.

“Prevaricação é crime exposto no Código Penal e, por isso, compreendemos a necessidade do Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República instaurarem um procedimento de investigação”, continuou.

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