O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta segunda-feira (28), uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Superior Tribunal Federal (STF) por prevaricação na compra das vacinas indianas Covaxin.
“Protocolei no Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime por conta da grave denúncia envolvendo o presidente da República, de que não tomou nenhuma providência diante de ter sido noticiado da existência de um gigantesco esquema de corrupção existente no Ministério da Saúde”, disse o também vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em vídeo.
“Prevaricação é crime exposto no Código Penal e, por isso, compreendemos a necessidade do Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República instaurarem um procedimento de investigação”, continuou.
No último sábado (26), dia seguinte ao depoimento chave para o caso, Randolfe já havia falado que faria a notícia. Na sexta-feira (25), o deputado Luís Miranda e o seu irmão, Luís Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde e foi quem denunciou supostos problemas com o contrato e pressão sofrida, disseram ter falado da situação a Bolsonaro.
Prorrogação da CPI
Normalmente limitada a 90 dias, Randolfe ainda pediu, nesta segunda-feira (28) a prorrogação da CPI por mais 90 dias. “[A prorrogação] é mais que necessária, sobretudo após o depoimento dos irmãos Miranda”, falou o senador. Para ser aceita, são necessárias 27 assinaturas para estender a investigação por mais 30, 60 ou 90 dias.
Nesta semana, serão ouvidos na Comissão o deputado estadual do Amazonas Fausto Júnior (PRTB), o empresário Carlos Wizard e o sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano.
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