O Partido Socialista Brasileiro (PSB) questionou, nesta quarta-feira (1º), o Supremo Tribunal Federal (STF) por supostos usos de verbas da cultura no incentivo e promoção de projetos de cunho “notoriamente armamentista” pelo governo federal. A ação ajuizada foi entregue ao ministro André Mendonça.
A legenda argumenta que a Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura autorizou a captação de R$ 421 mil para a edição do livro “Armas & Defesa: A História das Armas do Brasil”, por meio da Lei Rouanet, que instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura.
Na avaliação da sigla, as Portarias 711/2021 e 130/2022, que aprovaram e homologaram o projeto, representam desvio de finalidade e violam o princípio da impessoalidade e os direitos fundamentais à cultura, à vida e à segurança pública.
Pauta armamentista
A sigla ainda diz que, em março deste ano, o então secretário especial da Cultura, Mário Frias, e o então secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, defenderam expressamente, durante o Congresso Pró-Armas, a utilização da Lei Rouanet para o financiamento de obras de caráter supostamente cultural em favor da pauta armamentista.
De acordo com o partido, Porciuncula teria prometido a destinação de R$ 1,2 bilhão de recursos para a produção de obras audiovisuais de incentivo a armas. Na sua avaliação, os fatos demonstram um “claro desvirtuamento dos princípios de valorização da cultura e da vida”.
Pedido
A legenda requer que seja declarada a inconstitucionalidade das duas portarias, no ponto em que tratam da edição do livro mencionado, e da prática administrativa de utilização da Lei Rouanet para o financiamento de projetos pró-armas.
As informações são do STF