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Política & Poder

PF encontra proposta para Bolsonaro mudar resultado das eleições na casa de Torres

O objetivo da minuta era reverter o resultado das eleições presidenciais, em que Bolsonaro perdeu

Redação Jornal de Brasília

12/01/2023 15h55

Atualizada 13/01/2023 5h16

Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) encontrou na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, uma proposta de decreto para que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) instaurasse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo a Folha de S. Paulo, o objetivo da minuta era reverter o resultado das eleições presidenciais, em que Bolsonaro perdeu, o que seria inconstitucional.

Para ter validade, o decreto precisaria ser assinado por Bolsonaro, publicado no Diário Oficial da União (DOU) e aprovado pelo Congresso Nacional.

O documento, encontrado em um armário da casa de Torres durante busca e apreensão feita na última terça-feira (10), cita a necessidade do suposto reestabelecimento da lisura do processo eleitoral, ainda que as acusações de fraude nunca tenham sido comprovadas. A PF ainda deve investigar as circunstâncias da proposta e sua elaboração.

Após o fim do governo Bolsonaro, Torres voltou a ser secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

No último domingo (08), um grupo contrário ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.

Na ocasião, o secretário estava de férias com a família nos Estados Unidos. Por considerar a conduta de Torres ineficiente e omissa, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão dele. Seu retorno para o Brasil está previsto para ocorre neste sábado (14).

Estado de defesa

Segundo a Constituição Federal, o presidente da República pode”decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”.

Para passar a valer, o ato sobre o estado de defesa tem de ser enviado ao Congresso em 24 horas e ser submetido à aprovação por maioria absoluta.

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